O material que foi recolhido pelo Instituto de Criminalística (IC) e pelo Instituto Médico Legal (IML) no dia em que a universitária Giovanna Tenório foi encontrada - o lençol que a encobria e a roupa que ela estava vestindo quando foi morta - já foram descartados pela empresa de tratamento de resíduos. A informação foi passada ao Cadaminuto pelo  diretor do IML, Gerson Odilon, que apesar disto afirmou que o material foi devidamente analisado pelos peritos.

“O material pode ser orgânico, por isso não pode ser armazenado nem jogado no lixo comum e no IML não existe um lugar onde esse material possa ser guardado. Por isso, o material já foi analisado e descartado em seguida, da mesma forma que ocorre com o lixo hospitalar”, afirma Odilon.

Odilon ainda acrescenta que o IML não tem como guardar o material orgânico para uma segunda perícia, mas que os peritos recolheram todo material que pudesse ser analisado, como pedaços das unhas de Giovanna.

“Para que os peritos pudessem guardar esse material, o IML precisaria de uma sala especial, nós já reivindicamos, mas no momento não disponibilizamos dessa estrutura”, diz Gerson Odilon.

Mesmo com as explicações do diretor do IML, a falta das vestimentas e do lençol podem sim prejudicar a acusação, já que a defesa pode alegar a falta da prova física, de acordo com um delegado ouvido pelo Cadaminuto.

"Não posso falar do caso em si, não sei o resultado do exame e nada da linha de investigação, mas a destruição destas provas se trata sim de um erro", explicou o delegado.