O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta terça-feira (5) que existe preocupação com a valorização do real e novas medidas podem ser tomadas para segurar o câmbio. Entre as opções estão intervenções nos mercados futuros e de derivativos.
.“O governo continuará adotando medidas para conter a sobrevalorização.Tomamos medidas sobre o depósito compulsório e podemos tomar medidas sobre os futuros e os derivativos”, disse em Londres. Mantega também disse não haver bolhas nos mercados de crédito e capitais no país, apesar da robusta expansão da economia.
Para Mantega, o movimento de valorização do real está ligado à estratégia monetária registrada nos países desenvolvidos. “O QE2 (sigla em inglês para desaperto quantitativo) acabou, mas ainda existe expansão monetária”, afirmou.
O ministro reforçou que o câmbio é uma preocupação para o governo ao responder sobre a necessidade de novas altas dos juros para conter a economia. "Estamos planejando medidas o tempo todo, mas não posso antecipar", disse, sobre a possibilidade de nova ação no câmbio.
Inflação
“Em relação à inflação, a taxa está diminuindo. Todos os indicadores apontam para a desaceleração da inflação. No mês que vem, a inflação será mais baixa porque (os preços) das commodities estão mais baixos; os preços de combustíveis estão mais baixos”, afirmou
"Sempre tomamos medidas para ajustar o crescimento para nosso potencial. Se necessário, o banco central continuará elevando a taxa de juros, mas essa é uma decisão do banco central", afirmou ele.
Mantega disse ainda que a economia brasileira está no caminho para crescer 4,5% e que o país já alcançou mais da metade de sua meta de superávit primário neste ano. Ele disse, ainda, que a agenda de reforma do governo inclui redução dos impostos sobre investimento.
O ministro também avaliou que a situação fiscal está melhorando em relação ao período de expansão registrado durante a crise. Em 2011, o Brasil registrará déficit fiscal pequeno, menor do que a maioria dos países, frisou
*Com informações da Agência Estado e da Reuters