Os bolivianos enchem a boca para falar da folha de coca. Em La Paz, a folha é consumida por motivos diversos e sem proibição, mesmo a cocaína sendo um de seus derivados. As camponesas usam pelos hábitos familiares, os esportistas pela energia e alguns viajantes para amenizar os efeitos da altitude.
“Hoje o hábito de mascar coca é visto como algo somente praticado pelas classes baixas”, explica o fotógrafo Carlos Cavero. Ele trabalha no Museus da Coca. No primeiro andar está a teoria, com a história da planta em textos e imagens. No segundo andar, a prática, com chá de coca, licor de coca, doce de coca.
Acompanhe o Jornal Hoje também pelo twitter e pelo facebook.
Para mascar, basta pegar um punhado da folha e colocar uma por uma na boca. Eles não mastigam a coca. Elas ficam na bochecha para umedecer, e apenas deve ser pressionada para extrair os nutrientes. Depois de umedecida, junta-se às folhas a cinza de um caule de planta. As plantas ficam na boca por cerca de 30 minutos.
Na copa América os jogadores bolivianos não vão poder usar as folhas de coca, pois podem ser pegos no exame antidopping sob a acusação de uso de substância estimulante. Dentro do museu, a cultura da plantinha segue firme e forte, regada a brindes entre amigos.