São Paulo, - De namorada nova, o ex-ministro da Educação do governo FHC,Paulo Renato, dançava com ela ontem à noite numa das dependências de um spa de São Roque, no interior de S. Paulo, quando foi fulminado por um ataque cardíaco.

Atravessava uma fase particularmente feliz de sua vida. Estava em negociações para assumir a diretoria para a América Latina do grupo editorial espanhol Prisa, que publica o jornal El País, o mais importante da Europa.

O corpo está sendo velado na Assembléia Legislativa de S. Paulo

Paulo Renato fundou o PSDB

A morte do ex-ministro da Educação do governo FHC, Paulo Renato Souza, na noite deste sábado, na cidade de São Roque, interior de SP, aos 65 anos de idade, onde passava o feriadão de “Corpus Christi” com a família, de infarto fulminante, empobrece ainda mais o PSDB paulista.

O ex-ministro praticava exercícios físicos e cuidava do peso, mas, lembra Maílson ,um dos seus filhos, tinha um histórico de problemas cardíacos, com três pontes de safena, colocadas ainda durante sua atuação no governo Fernando Henrique Cardoso, e três stents - tubos usados em cirurgias cardíacas para impedir o entupimento de artérias.

Paulo Renato foi um dos fundadores do PSDB em 1988 juntamente com Mário Covas, Franco Montoro, Teotonio Vilela Filho, Fernando Henrique Cardoso, José Serra e outros tucanos de menor expressão.

 Ele foi reitor na Unicamp (Universidade de Campinas) e abraçou na primeira hora a proposta levantada pelo PSDB nos seus primórdios que era a de levantar a bandeira no país da social-democracia, ou seja, uma alternativa ao socialismo e ao capitalismo ortodoxo.

 Montoro foi governador de São Paulo pelo PMDB e morreu pouco tempo depois aos 73 anos de idade.

 Mário Covas foi prefeito de São Paulo (de 1982 a 1985) indicado por Montoro, depois elegeu-se e reelegeu-se governador, mas também está morto.

 Paulo Renato foi secretário Estadual de Educação dos governos Franco Montoro e de José Serra, ministro de FHC e deputado federal, e também se foi.

 Restam ainda vivos o próprio FHC (80 anos), Serra, Teotonio Vilela, Aécio Neves e Geraldo Alckmin, sendo que este último, governador de SP pela terceira vez e com menos de 60 anos de idade, ainda pode ser presidente da República.

FHC, aos 80 anos de idade, está fora do jogo presidencial e José Serra, idem, por já ter perdido duas eleições. Ele alega dentro do partido que se preparou a vida inteira para ser presidente da República e que deveria ter uma terceira chance, já que Lula ganhou da terceira vez.

 Mas nem o presidente Sérgio Guerra nem o senador Aécio Neves concordam com a terceira candidatura do ex-governador e já estão engajados para viabilizar o nome do neto de Tancredo Neves.

 

Quintella lamenta a morte

Em Maceió, repercutiu a morte do ex-ministro da Educação de FHC, Paulo Renato. Pelo twitter o deputado federal Mauricio Quintella(PR), disse "triste noticia a morte de Paulo Renato grande homem Público, tinha muito a contribuir ainda no Brasil." Também, o secretário de Educação, jurista Adriano Soares lamentou a morte do ex-ministro da Educação.

O vice-governador democrata José Thomáz Nonô afirmou que "Paulo Renato muito trabalhou pela universalização da educação e foi criador da Fundef".  Recordou Nonô quando sua mãe, advogada Eunice Nonô foi secretaria de Educação em Alagoas o ministro Paulo Renato deu muita atenção nas suas reivindicações. "Sempre foi um amigo de Alagoas", concluiu Nonô.

De Olinda, em Pernambuco o alagoano de Murici,prefeito comunista Renildo Calheiros(PC do B) lembrou quando era presidente da UNE sempre teve um boa diálogo com o ex-ministro Paulo Renato. Também, disse pelo twitter quando Paulo Renato foi deputado federal tinha muita discursão, entretanto, sempre foi um bom debate e ele era muito educado.

Para o deputado federal tucano Rui Palmeira "com Paulo Renato o país deu esse passo decisivo, da universalização do ensino fundamental. Há muito a fazer, mas Paulo Renato honrou o cargo que exerceu e combateu o bom combate."

Já o senador Renan Calheiros, líder do PMDB e foi colega de equipe de ministério de Paulo Renato, quando ele foi ministro da Justiça, "Paulo Renato sabia o que fazer e perseguiu seu sonho".

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