Na edição desta quinta-feira (23) do programa diário Fique a Alerta, da TV Pajuçara, o apresentador e deputado estadual Jeferson Morais (DEM) se mostrou contrário a marcha da maconha que percorre todo Brasil em busca da legalização. O parlamentar classificou como ‘vagabundos’ e desocupados os participantes e defensores do movimento.
Em entrevista ao Portal Cadaminuto, o deputado condenou a marcha e disse não ter nada contra a união homoafetiva. Segue abaixo a entrevista ‘Sic’ com o parlamentar.
CM- Por que ser contra a marcha da maconha se o Supremo Tribunal Federal (STF) já se posicionou a favor?
JM- O fato do STF legalizar a marcha da maconha, não muda minha opinião. Tratar apologia ao uso de droga como se fosse liberdade de expressão me parece sem sentido. Por conta da liberdade de expressão o cidadão pode ir para as ruas defender o estupro, atrocidades outras, uso de cocaína, crack...? claro que não. A liberdade tem um limite. Pelo que entendeu o STF, cada maconheiro, a partir de agora pode acender seu cigarro e sair pelas ruas, porta de escolas, dizendo que é bom usar droga! Maconheiro p/ mim é aquele que além de fazer uso, não busca ajuda e ainda tenta compartilhar seu vício com jovens e adolescentes. O dependente químico, esse sim precisa de um tratamento diferenciado, pois quer ajuda, luta feito louco pra se livrar da droga que um grupo de aloprados quer que seja liberada.
CM- Como o senhor classifica os participantes e defensores do movimento?
JM- Coisa de vagabundo, maloqueiro. Foi isso que eu disse na TV e confirmo. Esses dependentes deviam procurar tratamento em alguma clínica. São doentes que não aceitam ajuda, pelo contrário querem mais adeptos das suas insanidades. Duvido que o jovem pobre da periferia participe de uma marcha como essa. Esse jovem sabe da realidade, vê diariamente os exemplos. Dos colegas de escola que foram mortos ou simplesmente vegetam. Participam dessa marcha patricinhas e mauricinhos que quando são presos os pais pagam bons advogados. Muitos destes não tiveram educação familiar, não sabem o que significa limites. São escravos da droga e que já fazem uso dela em qualquer local. A marcha é uma afronta a sociedade, a família.
É preciso que se divulgue quanto o Estado investe no tratamento de dependentes químicos. Ouçam parentes de viciados. São família destroçadas e traficante cada vez mais ricos. A quem interessa a marcha da maconha? ao tráfico, com certeza. Acredito que deveriam organizar marchas pedindo a abertura de clínicas terapeuticas para cuidar de pessoas como essas, que defendem a marcha da maconha.
Acho que com essa entrevista, estou dando a oportunidade para que muitos dependentes químicos não assumidos externem, através de comentários aqui no Cadaminuto, a revolta com relação ao meu posicionamento, mas creio que também se manifestarão aqueles que concordam comigo. Esse é um debate salutar
CM- O movimento abre o caminho para legalização de outras drogas e/ou crimes?
JF- Essas marchas que se espalham pelo país servem de marketing para o narcotráfico. Quem está vibrando com isso é o PCC, Fernandinho Beira Mar e outros que vivem da desgraça de milhares de jovens e adolescentes. O aumento da violência em Alagoas tem como principal ingrediente a maconha, o crack e afins. Quem diz que legalizar acaba com o tráfico, deve ter acabado de fumar uma pedra de crack. Querem sim, aumentar o lucro dos cartéis, dos barões da coca. Aliás, porque não ampliam essa tal marcha, pedindo a legalização da cocaína, da heroína, do crack, do oxi?
CM- De que maneira o senhor vê a participação de um ex-presidente (FHC) no movimento?
JM- Creio que na época em que o ex-presidente FHC fumou maconha, o quadro era outro. Não havia o crack, nem tanta violência. Ele na falta do que fazer fica incitando a sociedade a aceitar a maconha, seria interessante que ele oferecesse maconha, crack, oxi e outros aos seus netos e quem sabe bisnetos. Devia começar pela família dele. O senhor FHC prestou mais um grande desserviço ao Brasil. Será que ele ainda tem consciência do que fala? Dizem que a canabis destrói os neurônios.
CM - Como andam as articulações em busca de Maceió em 2012?
JM- Sinceramente falando, não existe articulação. Existem especulações e meu nome está nesse patamar.
CM- As duras críticas feitas ao Conselho de Segurança Pública surtiram, de fato, em alguma mudança ou promessa?
JM- Surtiram, sim. O governo retirou o dinheiro que estava parado no Fundo e formou uma comissão para gerir os recursos. Minha crítica nunca foi pessoal e sim institucional. O conselho, na sua inércia, não estava levando em conta os problemas das ruas. Isso me deixou indignado. Vou pagar um preço alto, mas não costumo voltar atrás.
CM- O Senhor já é um candidato em campanha?
JM- De forma alguma. Sou Deputado Estadual. Exerço meu mandato. Qualquer outra possibilidade será discutida com o meu partido, o DEM. Algumas pessoas estão preocupadas, fazem críticas, mas estão perdendo o tempo. Teve um insano que disse que eu estava em campanha, distribuindo "santinho" pelas casas. Na verdade devido a ignorância do sujeito, eu renego, pois o tal "santinho" não passa de um folder promocional de uma empresa, a qual emprestei minha imagem.
CM- E com o senhor se posiciona com relação a legalização da relação homoafetiva?
JM- Nada contra. Cada um faz o que quer da própria vida. A opção sexual diz respeito somente a pessoa. Milhares de casais já vivem nessa situação.