Um ano após a enchente que destruiu vários municípios alagoanos e deixou milhares de pessoas desabrigadas, o Governo do Estado ainda trabalha na reconstrução das 19 cidades que decretaram estado de emergência.
O aumento no nível dos Rios Mundaú e Paraíba provocou inundações e acabam afetando diversas localidades, que ainda hoje tentam se reerguer, como é o caso de Branquinha e Santana do Mundaú.
Em entrevista coletiva na última sexta-feira (17), o vice-governador José Thomaz Nonô (DEM) chamou para si toda responsabilidade do andamento das obras de reconstrução, ressaltando que depois da tragédia o governo desenvolveu ações imediatas, dando assistências às famílias e garantindo alimentação.
Apesar das inúmeras críticas referentes à demora na reconstrução de casas, escolas, postos de saúde e prédios públicos, Nonô lembra que existem barreiras burocráticas que acabam dificultando o cumprimento das ações do governo.
“Burocracia é bem de diferentes de interesses políticos. Não estamos competindo com Pernambuco para observar quem se reconstrói primeiro”, frisou o democrata em entrevista ao portal CadaMinuto na Sede da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) na manhã desta segunda-feira (20), onde realiza, durante todo o dia, reuniões com os prefeitos das cidades atingidas.
O vice-chefe do Executivo colocou ainda que a reunião é de fundamental importância para o andamento das obras, já que, segundo ele, ninguém conhece melhor os municípios do que os respectivos gestores.
“Não temos um prazo pré-estabelecido para entregarmos as obras. Infelizmente entramos no período chuvoso e, logicamente, que assim não se pode construir nada neste momento”, acentuou Nonô.
Os recursos federais destinados às obras em infraestrutura giram em torno dos R$ 300 milhões. Para a Defesa Civil, foram liberados R$ 75 milhões, outros R$ 29 milhões para a área da Saúde e R$ 122 milhões para a reconstrução de escolas. O Governo solicitou ainda recursos de R$ 90 milhões para a reconstrução de prédios públicos e R$ 35 milhões para obras de acesso, cuja resposta ainda não foi dada pelo Governo Federal.