O Comando de Defesa Civil do Exército israelense, encarregado de proteger a população em situação de guerra, iniciará neste domingo um exercício para comprovar o nível de preparação das forças de segurança e resgate. O exercício, que dura cinco dias e está a cargo do comando Rahel, que reúne representantes militares e civis, está centrado neste ano em avaliar a preparação dos serviços de emergência para um ataque em massa com foguetes contra cidades israelenses, informaram fontes militares.

Entre este domingo e a próxima quinta-feira serão analisadas as consequências de possíveis impactos em infraestruturas vitais do país, como hospitais e centrais elétricas. Na quarta-feira a sirenes antiaéreas soarão duas vezes, uma de manhã e outra pela tarde, e o grupo pedirá à população que exercite a entrada nos refúgios.

Até 1995 a legislação israelense exigia que todos os edifícios dispusessem de um refúgio antiaéreo, mas após o ataque do Iraque contra Israel em 1991 com mais de 40 mísseis Scud a lei foi emendada. Perante a impossibilidade de alcançar o refúgio coletivo antes de cair os foguetes, todas as casas construídas desde então contam com um refúgio dentro da própria casa.

O pior cenário para o qual se prepara Israel é um ataque combinado de foguetes de diferentes tipos do Irã, Síria, Líbano e Gaza. A chamada Segunda Guerra do Líbano, em 2006, deixou em evidência o Exército israelense, que não soube responder às consequências dos mais de 4 mil foguetes disparados pelo movimento xiita libanês Hisbolá.