A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) abrirá na segunda-feira em Viena uma conferência ministerial com o objetivo de aprimorar o regime internacional de segurança nuclear, que se encontra em interdição desde a catástrofe de Fukushima (Japão) em março. Espera-se a chegada de 30 participantes, entre ministros e secretários de Estado para esta reunião que será prolongada até sexta-feira, e que deve marcar o início de um "longo processo para estabelecer um marco de segurança nuclear posterior a Fukushima", segundo destacou em comunicado o diretor-geral da AIEA, o japonês Yukiya Amano.
Os delegados, incluindo representantes de diversas autoridades reguladoras nacionais e especialistas de ONGs, trabalharão ao longo de toda a semana em três grupos de trabalho. O primeiro grupo estará centrado na avaliação preliminar do acidente de Fukushima, uma catástrofe que ainda não terminou, já que os reatores danificados pelo terremoto e posterior tsunami não estão em pleno controle.
O segundo grupo se ocupará do alerta e resposta internacional a possíveis casos de emergência nuclear, enquanto o terceiro terá como objetivo iniciar o debate sobre um novo marco de segurança global na matéria. Segundo Amano, "a AIEA, com sua grande experiência em todos os aspectos da energia nuclear e da segurança atômica é o centro para a análise posterior ao acidente de Fukushima".