De acordo com o Ministério da Saúde, nos últimos três anos, 1.382 pessoas foram internadas para tratamento de queimaduras por acidentes com fogos de artifício em todo o País. O período mais crítico para a ocorrência de acidentes é justamente entre maio e julho, quando ocorrem festas juninas e quermesses em todo o território nacional. Entre 1996 e 2009, houve 122 mortes provocadas por acidentes com queima de fogos.

Dos 122 óbitos registrados por queima de fogos entre 1996 e 2009, 48 (39%) ocorreram na Região Nordeste. O Sudeste apresenta 41 mortes (34%) e a Região Sul, 21 óbitos (17%). Além de mortes, o uso de fogos de artifício pode provocar queimaduras, lesões com lacerações e cortes, amputações de membros, lesões de córnea ou perda da visão e lesões auditivas.

O Estado em que mais ocorreram acidentes com queimas de fogos nos últimos três anos é a Bahia (296 hospitalizações), seguida de São Paulo (289) e Minas Gerais (165). Segundo o Ministério da Saúde, são registradas, em média, mais de 100 internações durante o período de festas juninas.

"Todo cuidado é pouco quando se trata de fogos de artifício. O ideal é evitar manuseá-los, mas caso tenha que fazê-lo, siga sempre as instruções do fabricante, como jamais carregar bombinhas nos bolsos e nunca acender próximo ao rosto", alertou Marta Silva, coordenadora da área técnica de Vigilância e Prevenção de Violências e Acidentes da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério.

Segundo ela, muitos acidentes acontecem porque se associa a brincadeira à bebida alcoólica. Marta recomendou também que se afaste crianças da área onde os fogos serão acendidos. Em caso de acidente, as pessoas devem lavar o ferimento com água corrente, evitar tocar na área queimada e não usar nenhuma substância sobre a lesão, como manteiga, creme dental, clara de ovo e pomadas.