A Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis) interditou na manhã desta terça-feira (14) a obra onde o operário Paulo do Amaral Assunção morreu soterrado após um deslizamento de terra nesta segunda (13). A construtora não tinha alvará para realizar a obra.
A Administração Regional do Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), onde a obra era feita, recebeu o pedido de regularização da obra em fevereiro, mas o alvará não foi concedido porque a construção apresentava pendências, como de documentação e adaptações do projeto. “Não foi aprovado porque há 29 exigências técnicas a serem cumpridas”, explica o administrador do SIA, Edson Buscacio.
O dono da construtora contratada para fazer a obra, Osvaldo Castanho, diz que o acidente foi uma fatalidade. “Ele trabalhava comigo há 15 anos, era meu amigo, não era um empregado. Tudo isso é um inconveniente. Mas a dor da perda é irreparável”, disse Osvaldo Castanho.
Fiscais da Superintendência Regional do Trabalho visitaram a obra nesta terça (14) para investigar as causas do acidente. No local onde ocorreu o acidente será construída uma lavanderia.
Os bombeiros retiraram o corpo do operário Paulo do Amaral Assunção após seis horas de trabalho. Ele estava em uma profundidade de 13 metros. No total, 20 homens do Corpo de Bombeiros trabalharam no resgate.
De acordo com o engenheiro responsável pela obra, Osvaldo Castanho, cerca de 20 pessoas trabalham na construção, que começou em novembro de 2010. Em fevereiro deste ano ocorreu um deslizamento de terra na obra em razão do período de chuva, mas ninguém ficou ferido.