O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) adiou a votação do caso de suspeita de cartel envolvendo a Abrinq, associação dos fabricantes de brinquedos, e de seu presidente, Synésio Batista da Costa.
A Abrinq e Costa são acusados de induzir fabricantes a estabelecer cotas e fixar preços mínimos para limitar a importação de brinquedos da China.
A denúncia foi feita pela americana Mattel (das marcas Barbie e Hot Wheels), que gravou reunião na qual Synésio tenta fazer a combinação de preços com associados. Na época, a Mattel era uma das maiores importadoras de produtos chineses e seria prejudicada pela medida.
O adiamento aconteceu por conta da votação da fusão da Sadia com a Perdigão, que acontece neste momento na sede do órgão, em Brasília. A votação do caso Abrinq deve entrar na pauta da próxima sessão do Cade, no dia 15.
O Ministério Público Federal tentou adiar a votação do caso Sadia/Perdigão, por meio de um pedido de vistas, que foi negado pelo conselheiro Carlos Ragazzo, relator do caso.
Neste momento, Ragazzo está lendo o seu voto sobre o caso, um documento de quase 500 páginas. Após a leitura, outros conselheiros deverão manifestar seus votos.