Oito partidas foram disputadas como testes, e Mano Menezes tem na sua cabeça o time que vai começar a Copa América. Salvo algum imprevisto, o técnico treinará durante a preparação o seguinte time para o confronto contra a Venezuela, no dia 3 de julho: Júlio César; Daniel Alves, Lúcio, Thiago Silva e André Santos; Lucas Leiva, Ramires e Paulo Henrique Ganso; Robinho, Alexandre Pato e Neymar.

O quarteto ofensivo é obsessão de Mano Menezes desde a sua estreia contra os Estados Unidos, quando a Seleção venceu por 2 a 0 escalada com Ganso centralizado, Robinho pela direita, Neymar na esquerda e Pato como centroavante. Na ocasião, o time foi muito parecido com o seu ideal, com apenas Victor no lugar de Júlio César, David Luiz ao invés de Lúcio e Hernanes no lugar ocupado por Lucas Leiva.

O time para a Copa América, no entanto, nunca jogou uma partida com a formação exata. Com a contusão de Ganso e os frequentes problemas físicos de Pato, Mano foi obrigado a testar outra opções, mas nenhuma o convenceu de que deveria mudar seu plano original.

A convicção era tanta que, a cada entrevista, Mano ressaltava que estava à espera de Ganso para poder repetir a sua equipe ideal. Em patamares inferiores, o mesmo acontecia com Pato, centroavante veloz e com boa mobilidade que, em sua avaliação, tem o encaixe perfeito para a escalação simultânea de Robinho e Neymar.

Enquanto esperava pela recuperação de seu ataque, Mano fazia ajustes na defesa. Os laterais Daniel Alves e André Santos não foram ameaçados em momento algum, mas Thiago Silva ganhou Lúcio como companheiro e Lucas Leiva substituiu Hernanes como volante ao lado de Ramires. Júlio César retomou a camisa um.

A possibilidade de sucesso com sua formação ideal serve como alento depois de um final de testes irregular. As vaias recebidas na vitória por 1 a 0 sobre a Romênia e no empate por 0 a 0 contra a Holanda mostraram que o time precisa de mudanças para agradar o torcedor.