Entrevistas recentes dadas pelo presidente do CSA, Jorge VI, em emissoras de rádios, repercutiram mal entre ex-dirigentes e conselheiros do clube azulino. Em uma das entrevistas, dada ao repórter Warner Oliveira, da Rádio Gazeta, Sexto afirmou que o CSA antes era um "time de verão", porque, segundo ele, jogava apenas um período do ano, mas que na sua gestão, o clube continua em atividades com as categorias de base. "O único que está parado é o profissional, mas se aparecer competição, a gente vai participar", disse Jorge VI.

Em outra entrevista, no programa Domingão Esportivo, na Rádio Difusora, Jorge VI disse que antigamente quando o CSA viajava para disputar a Copa São Paulo de Juniores fazia em ônibus velhos e que quebravam a toda hora. Ele também citou em entrevistas recentes que estão querendo utilizar as eleições do CSA para “interesses escusos” e que não entende o porquê de tanta pressão para a antecipação do pleito. No entanto, Sexto não disse que interesses escusos seriam esses nem quem estaria por trás deles. "No momento certo e se me forçarem eu falarei quem está por trás desses interesses", afirmou.

As declarações do mandatário azulino tiveram logo repercussão negativa entre ex-dirigentes e conselheiros azulinos. Um deles foi ex-vice-presidente de futebol amador do clube José Francisco dos Santos, o Zequinha. Ele foi um dos primeiros a se manifestar, para rebater as afirmações de Sexto.

“O Jorge VI não falou no meu nome, mas pelo período que ele citou na entrevista, dizendo que o CSA viajava em ônibus velhos, foi em relação à época em que fui dirigente. Só que eu quero dizer a ele que o CSA nunca viajou em ônibus velhos e quebrados. Os ônibus eram novos e foram conseguidos, na época, pelo Euclides Mello, junto à Real Alagoas. A gente viajou até em ônibus zero quilômetro, com ar-condicionado e todo conforto", rebateu Zequinha.

E mais: "Se o Jorge não quer elogiar o trabalho que foi feito pelas gestões passadas, que ele também não venha denegrir as pessoas que passaram pelo clube. As pessoas já perdem o tempo delas, se dedicando ao CSA e chega o presidente atual para falar mal e denegrir as pessoas das gestões anteriores. É preciso que ele meça as palavras dele. Quando ele sair do CSA, pois ele nem ninguém vão ser eternos ali, outros vão falar dele também e ele não vai gostar disso".

Quanto ao fato de Jorge VI ter afirmado que o CSA agora está trabalhando o ano todo e que em gestões passadas só trabalhava e jogava em um período do ano, Zequinha rebateu: "Parece até que ele (Sexto) descobriu a roda com isso! Se ele não sabe, quero lembrar que todos os anos o CSA sempre trabalhou com suas divisões de base e não somente agora na gestão dele”.

Quem também se manifestou contrário às declarações de Sexto foi o ex-presidente do Azulão Euidente Euclides Mello. Ele falou acerca do comentário do atual presidente em relação aos ônibus que consegue para as viagens do time azulino. Disse que sempre colaborou com o CSA com ônibus cedidos pela empresa Real Alagoas e com boa qualidade, com motoristas à disposição. Mello afirmou também que colaborou com a equipe azulina, na atual gestão, porque foi procurado pelo amigo e também conselheiro do clube Raimundo Tavares, pretenso candidato à eleição no clube.

“Eu não quero mais falar em CSA. Fica complicado para nós que somos azulinos colaborar com a equipe, pois, diariamente, o atual presidente afasta os colaboradores com certas declarações. Uma pessoa dessa (Sexto) é pobre de espírito e só desagrega, ao invés de unir. O CSA precisa de pessoas que unam e não pessoas que desagreguem o ambiente", criticou Euclides Mello.

Zequinha concordou com o ex-presidente e falou: “Ele (Sexto) tem que agregar mais, mas está desunindo todo mundo. Por isso que muita gente não quer ajudar porque ele vive falando mal das pessoas. Na verdade, todos os presidentes que passaram pelo CSA merecem uma medalha, pois não é nada fácil trabalhar ali. E o que o Jorge VI e sua diretoria estão fazendo pelo clube é obrigação. Não é mérito nenhum nem favor, pois eles é quem estão lá comandando o clube”.