O delegado Robério Ataíde, do 55º Distrito Policial de Arapiraca, comandou nesta quarta-feira (25) a apreensão de armas, explosivos e munições supostamente pertencentes a vítimas da chacina ocorrida no dia 18 deste mês, em uma oficina mecânica localizada no bairro Canafístula, naquela cidade.
O material, segundo o delegado, estava escondido no quarto de uma chácara situada no Povoado Cangandu. No local, foram apreendidos doze bananas de dinamite, um fuzil calibre 762, duas espingardas calibre 12, uma pistola .40, uma pistola 9 milímetros, três carregadores, quatro balaclavas (capuzes), ímã, rolo de fita adesiva e munições de diversos calibres.
A suspeita é de que o local era usado como esconderijo de uma quadrilha especializada em assaltos a bancos, da qual fariam parte algumas das vítimas da chacina onde quatro pessoas morreram. Um dos sobreviventes – Marcondes dos Santos Almeida, 32 anos, conhecido como “Nego Mecânico” – está internado em estado de coma, na Unidade de Emergência de Arapiraca, e teria alugado a chácara.
Pelas investigações já realizadas, fariam parte do grupo criminoso Valdir Bezerra dos Santos, 26 anos, conhecido como “Val”, Emerson David Fernandes, 27, e Elielson Gomes da Silva, 25, mortos na chacina. A quadrilha também teria envolvimento em crimes de pistolagem e roubo de carros e cargas.
A quarta vítima fatal foi identificada como Antonio Severino Barbosa, que teria ido à oficina consertar o pneu de sua bicicleta e acabou morto durante o atentado.
O sobrevivente da chacina, Marcondes Santos Almeida, 32 anos, seria o dono da oficina, que funcionaria como local de desmanche.
O delegado Robério Ataíde informou que enviará ofício solicitando que a Divisão Especial de Investigações e Capturas (Deic) assuma as investigações, tendo em vista a apreensão de material que comprovariamm a participação de parte das vítimas em assaltos a bancos.