Foi preso na última quinta-feira(5), em Canidé de São Francisco, no Estado de Sergipe, o chefe de uma quadrilha que atuava no Sertão de Alagoas, José Nilton Barros, Cabo da Polícia Militar do Estado de Sergipe, popularmente conhecido como Cabo Barros. O mesmo já tinha sua prisão preventiva decretada desde a OPERAÇÃO SERTÃO, realizada em vários Municípios alagoanos, inclusive, na Capital, no dia 05 de junho de 2008.

Operação Sertão

Como resultado de investigações que, à época, foram efetivadas em conjunto pela Promotoria de Justiça da Comarca de Olho d'Água das Flores/AL, pelo Setor de Inteligência do 7º Batalhão da Polícia Militar do Estado de Alagoas, pelo GECOC - Grupo Estadual de Combate a Organizações Criminosas, pelo NIRCO - Núcleo Integrado de Repressão a Criminalidade Organizada e pelo TIGRE - Tático Integrado Grupamento de Resgates Especiais, no dia 03 de junho 2008, foi desbaratada uma grande e perigosa quadrilha responsável por roubos a bancos, sequestros, assaltos, tráfico de drogas, roubos e desmanches de veículos, receptação e compra e venda de veículos furtados ou roubados, inclusive, de " estouro ", dentre outros, a qual vinha mantendo acentuada atuação, não só no nosso Estado, mas, também, nos Estados de Sergipe, Pernambuco e Ceará.

 

Como conseqüência das ações acima mencionadas, a partir daquela data, vários integrantes da referida quadrilha foram presos, inclusive, no Sertão do Estado de Alagoas, mais precisamente nos Municípios de Olho d'Água das Flores, Monteirópolis e São José da Tapera.

 

A tais pessoas, como parte integrante da mencionada quadrilha, cabia promover parte do financiamento das atividades do grupo criminoso que integravam, mediante a prática de várias espécies de crimes, a exemplo de receptação de veículos automotores furtados ou roubados, inclusive, de " estouro " e tráfico ilegal de armas.

 

Aconteceu que, apesar de todos os esforços empreendidos pelas equipes destinadas às capturas dos referidos quadrilheiros, alguns deles conseguiram fugir e se homiziar, ocultando a condição de foragidos da Justiça, a exemplo do Cabo Barros, o qual, até bem pouco tempo, para a Justiça alagoana, continuava foragido, imaginava-se que em lugar incerto e não sabido, embora, na verdade, continuasse a exercer suas funções normalmente na polícia sergipana. Motivo pelo qual, inclusive, além de ter sido denunciado pelo Ministério Público do Estado de Alagoas, através do GECOC, teve sua prisão preventiva decretada pelos Juízes da 17ª Vara Criminal da Capital.

 

Operação Alienígena

 

Com o desmantelamento da organização criminosa a qual pertencia, o Cabo Barros passou a ser suspeito de liderar uma outra quadrilha, especializada em crimes de receptação de veículos automotores furtados ou roubados, inclusive, de " estouro " e tráfico ilegal de armas, com atuação em vários municípios sertanejos, especialmente, em São José da Tapera, Carneiros e Senador Rui Palmeira, a qual tinha, dentre os seus integrantes, a pessoa de Maxwell Pinheiros Barros, seu filho, mais conhecido como Max, o qual foi preso durante a Operação Alienígena, realizada no dia 15 de julho de 2010, naqueles municípios, quando a quadrilha foi desarticulada. Ocasião em que um revólver cal. 38 pertencente à polícia sergipana e que estava sob a responsabilidade do Cabo Barros, foi abandonada por um dos integrantes da quadrilha, no momento em que empreendia desesperada fuga para não ser capturado.

 

Remoção para Alagoas

 

O Alagoas na Net entrou em contato com o Delegado responsável pelo Departamento de Polícia Judiciária II, Kelman Vieira, o qual, por telefone, nos informou que recebeu a informação extra-oficial da prisão do Cabo Barros, mas, que ainda aguarda expediente da Polícia Militar de Sergipe, oficializando a prisão, para, então, pedir a remoção do preso até Alagoas.