A colheita dos 1200 hectares cultivados em uma fazenda em Campo Verde, no sul de Mato Grosso, deve começar no mês de junho.
A expectativa é que a produtividade fique dentro da média, cerca de 280 arrobas de algodão em carroço por hectare, mas para isso é necessário que chova até a segunda quinzena de maio.
Segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, 80% da próxima safra já foi negociada antecipadamente. A preocupação agora é com os 20% restantes, por causa da queda nos preços no mercado externo.
A arroba do algodão em pluma, no mercado interno, estava na faixa dos R$ 53 no início de maio de 2010. De lá para cá, o preço veio subindo e chegou ao pico de R$ 131 no último mês de março. Depois, começou a descida e atingiu essa semana R$ 79. Mesmo assim, o valor ainda é 49% maior do que o de maio do ano passado.
O economista Lucídio Alves explica os motivos que estão por trás dessa queda. “No Brasil, a safra já está começando em alguns estados. As cotações, agora, começam a se ajustar, primeiro o mercado reagiu e agora vai se buscar um preço de equilíbrio, para ter rentabilidade atrativa ao produtor e as indústrias voltarem a consumir”.
Nos últimos dias, vários produtos agrícolas tiveram forte desvalorização no mercado internacional. Na Bolsa de Nova York, o algodão caiu 7,8% essa semana.