No dia 29 de abril a Fundação Delmiro Gouveia (Fundeg) assinou convênio com a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), para gestão do complexo turístico e cultural de Angiquinho, a primeira usina hidrelétrica do Nordeste fundada pelo empreendedor Delmiro Gouveia.

A solenidade, que aconteceu na usina, marcou a renovação do convênio entre as duas entidades objetivando organizar a segurança física e patrimonial do complexo, bem como limpeza, manutenção de pequenos reparos e ordenação de visitação. A Fundeg já havia realizado o trabalho em período anterior por 18 meses.

O convênio, que foi celebrado por mais dois anos, garante a preservação de um dos mais importantes ícones da história não só do Nordeste, mas do país, uma vez que abriga edificações centenárias, sendo um dos cartões postais da região e um dos principais atrativos turísticos.

“Esta é a segunda vez que a Fundeg estará gerindo o complexo de Angiquinho. Quero agradecer à Chesf pela parceria nas pessoas do Diretor Administrativo Pedro Alcântara e do administrador em Paulo Afonso Gilberto Pedrosa. A Fundeg está muito feliz em poder mais uma vez contribuir para a conservação deste patrimônio”, afirmou o presidente da Fundeg Adair Nunes.

Durante a assinatura foi ressaltado que o complexo está passando pelo processo de tombamento nacional pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Na oportunidade o presidente da Fundeg agradeceu ao desempenho do secretário de Cultura de Alagoas pelo tombamento Estadual. “Agradeço ao secretário de cultura o Estado de Alagoas, Osvaldo Viégas, pelo apoio para o tombamento estadual de Angiquinho através do Pró-Memória. Agradeço ainda ao Conselho Estadual de Cultura que recomendou que o complexo fosse gerido pela Fundeg”, frisou Adair.

Frederico Pernambucano, que foi o autor do parecer histórico para o tombamento de Angiquinho a nível estadual, que ocorreu em 2005, disse que "este é um ato de justiça a Delmiro Gouveia e de prestígio para a Chesf e para Fundeg" e lembrou o historiador, escritor de vários livros sobre Delmiro Gouveia e sobre o cangaço, que "desde 1587, como destacou Gabriel Soares de Souza em seu Tratado descritivo do Brasil, há referências à esta cachoeira, chamada por ele de Sumidouro do São Francisco, depois imortalizada em telas, poemas e estudos".

“Em 1911 estava sendo iniciada a construção desta usina e agora, cem anos depois, a Chesf e a Fundeg se unem para a preservação da memória de um dos grandes marcos de empreendedorismo de Delmiro Augusto da Cruz Gouveia, que é Angiquinho”, frisou o vice-presidente da Câmara, Edvaldo Nascimento.

O evento reuniu diversas autoridades. Da Chesf estiveram presentes o Diretor Administrativo Pedro Alcântara; o administrador Chesf Paulo Afonso, Gilberto Pedroso; a assessora da APA, Marileide Brasil, entre outros funcionários; o presidente da Fundeg, Adair Nunes; Edleuza Patriota e Maristônio Souza, membros da Fundação; o vice-presidente da Câmara de Vereadores de Delmiro Gouveia, Edvaldo Nascimento; o desembargador alagoano Washington Luís; o historiador Frederico Pernambucano de Melo; a representante do Iphan Danielle Amaral. Também estavam presentes Reinaldo Falcão, diretor do Instituto Xingo, Carlos Aguiar, chefe do Gabinete do Diretor Administrativo da Chesf, Voldi Ribeiro, gestor do convênio celebrado entre a Chesf e a Fundeg, Carlos Fernando, gerente regional de Operação da Chesf, Sônia Braga, coordenadora de Angiquinho, Carlinhos de Tico, assessor do Deputado Estadual Paulo Rangel, Luiz Ruben, escritor e pesquisador, Antônio Galdino, presidente dos Conselhos Municipal e Regional de Turismo de Paulo Afonso, Nadja Monteiro, do Sebrae/Paulo Afonso e representantes do Grupo Gestor de Turismo de Paulo Afonso.