A balança comercial da indústria do cobre não dá sinais de recuperação no início de 2011 e, novamente, fecha no vermelho. De acordo com um levantamento realizado pelo Sindicel (Sindicato da Indústria de Condutores Elétricos, Trefilação e Laminação de Metais Não Ferrosos do Estado de São Paulo), nos dois primeiros meses de 2011, o déficit registrado já é de US$ 90 milhões. Saldo negativo quase 60% maior que num comparativo com o mesmo período de 2010, quando era de US$ 56,3 milhões.

 

Segundo o levantamento, as importações continuam crescendo em ritmo acelerado e bateu os US$ 178,9 milhões. No mesmo período de 2010, o número não ultrapassou os US$ 123, 7 milhões. Ou, seja, um incremento de 44,6%.

 

Apesar das oscilações do mercado internacional, os índices das exportações do cobre também apresentaram alta superior a 32%. Saltaram de 67,4 milhões nos dois primeiros meses de 2010 para US$ 89,1 milhões em igual período de 2011.

 

“O ritmo de crescimento do País, mesmo com a elevação da taxa Selic, continua forte em setores como o automobilístico, eletroeletrônico, e infraestrutura. Com o dólar desvalorizado, as importações tornam-se mais atrativas.”, afirma Sérgio Aredes, presidente do Sindicel. “O volume das exportações, no entanto, e pelo mesmo motivo, não cresce no mesmo ritmo. Neste balanço desfavorável, o setor continua sofrendo com os impactos das ofertas chinesas”, conclui.

 

 

Sobre o Sindicel

O Sindicel representa as empresas do setor de fios e cabos elétricos e ópticos e de produtos semimanufaturados em cobre e outros metais não-ferrosos. Fundado em 1979, atualmente reúne 53 empresas em todo o território nacional, representando mais de 90% da totalidade do setor.