Durante a sessão de hoje do pleno do Tribunal de Justiça a ex-presidente do TJ/AL, Elizabeth Carvalho criou uma “saia justa” ao registrar seu protesto por ter sido declarada impedida de votar no caso da anulação da pena de aposentadoria compulsória ao juiz Jairo Xavier.

“Uma coisa é não querer que eu participe, pois já conhecem o meu posicionamento. Que conste em ata este meu protesto devido ao fato de terem alegado meu impedimento em julgamento de mandado de segurança na semana passada", disparou ela.

A declaração gerou desconforto entre os demais desembargadores e dois deles se manifestaram contrários ás declarações de Elizabeth. "Se ação for impetrada contra o Tribunal, o presidente, de fato, não pode participar do julgamento", ressaltou o desembargador Orlando Manso.

Já o juiz Ivan Brito realçou seu ponto de vista contrário e a ex-presidente do Tribunal de Justiça o interrompeu. O caso sobre o juiz Jairo Xavier diz respeito à acusação do magistrado ter liberado a exploração de máquinas caça-níqueis (contravenção penal) no município de São Sebastião, sob o argumento de que a cidade não teria opções de entretenimento para a juventude.

O magistrado teve a pena reduzida, tendo sido submetido à censura ao invés da aposentadoria compulsória, por decisão do Pleno do TJ. Após a discussão a desembargadora disparou: "Mas meu voto poderia ser esclarecedor e ter modificado a decisão deste Tribunal. Agora o senhor juiz Jairo Xavier está livre para atuar, podendo novamente comprometer a dignidade do exercício da magistratura".