O Fenômeno está de volta. Após a derrota para Anderson Silva no UFC 126, em fevereiro, Vitor Belfort viu seu nome especulado para enfrentar alguns renomados atletas, e, entre eles, Wanderlei Silva, em uma possível revanche muito pedida pelo rival brasileiro.

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Mas, para infelicidade dos fãs brasileiros, o carioca foi confirmado contra o japonês Yoshihiro Akiyama, em duelo agendado para o dia 6 de agosto, no UFC 133, fato que impede sua participação no aguardado UFC Rio.

- Fico triste por não fazer parte do card do UFC Rio, mas, ao mesmo tempo, feliz porque estarei lá prestigiando as estrelas brasileiras nessa edição histórica.

Em conversa franca com o R7, o lutador carioca analisou seu próximo combate, manifestou o desejo de disputar o cinturão dos médios (84 kg) até o fim deste ano e questionou o desafio feito por Wanderlei Silva.

- Ele me desafiou, falou todas aquelas bobagens e, na hora que ia acontecer, falou que não estava preparado? Então não desafiasse, ficasse quieto.

Confira a entrevista exclusiva com Vitor Belfort

R7 - Vitor, vários sites anunciaram sua luta contra o japonês Yoshihiro Akiyama . O duelo é oficial?
Vitor Belfort - É sim, é isso aí, ele é o próximo adversário. Agora é oficial, nós vamos fazer o main event do UFC 133, no dia 6 de agosto, na Filadélfia.

R7 - O que seus fãs podem esperar deste duelo?
Belfort - Olha, espero que façamos um bom combate. Ele é um atleta muito duro e resistente. Tem tudo para ser uma boa luta, bem movimentada.

R7 - Vai fazer seu camp todo em Las Vegas de novo?
Belfort - Sim, como sempre. Vou fazer aqui em Las Vegas de novo, não muda nada. Continuamos treinando forte aqui na Xtreme Couture para que, no dia, a gente consiga trazer mais uma vitória.

R7 - Já teve tempo de pensar na estratégia para a luta?
Belfort - Sim, tenho que treinar todos os aspectos. Vou treinar bastante a parte em pé e a parte de chão, para eu poder ganhar a luta em qualquer área. Esse é o objetivo [risos]. A equipe aqui em Las Vegas é a mesma, a gente sempre adiciona uma ou outra coisa, mas treinaremos o de sempre.

R7 - Lutar no dia 6 de agosto te deixa fora do UFC Rio...
Belfort - Sim, infelizmente. Mas, ao mesmo tempo em que estou triste por não fazer parte deste card, sei que não vai faltar oportunidade para lutar no Brasil. Tenho certeza que o UFC vai voltar várias vezes para o país. O evento precisa que eu lute no dia 6 de agosto, então estarei pronto, essa é a minha missão. Meu objetivo é sempre estar pronto, sem escolher data ou adversário. Fico triste por não fazer parte do card do UFC Rio, mas, ao mesmo tempo, feliz porque estarei lá prestigiando as estrelas brasileiras nessa edição histórica.

R7 - Vencendo esta luta, qual seria o próximo passo? Cogita uma nova chance pelo cinturão? Uma revanche?
Belfort - Com certeza, é isso que eu quero sim. Quero enfrentar o vencedor da luta entre o Anderson [Silva] e o Okami. Mas tudo depende de resultados, os dois precisam ganhar, depois é que saberemos. Tenho certeza que, além de vender muito pay-per-view, todos querem ver essa luta de novo. No momento, estou focado no Akiyama, mas é claro que o foco maior é o cinturão, e tenho que estar preparado.

R7 - Aliás, depois da primeira luta entre vocês, o público de MMA no Brasil cresceu consideravelmente. Acha que ele pode se tornar o segundo esporte entre os brasileiros?
Belfort - Eu espero que sim. Mas, não depende só de nós, depende da mídia também. É importante que o esporte passe na TV aberta, porque o pay-per-view não funciona no Brasil. Então, depende do interesse das TVs em apoiar o esporte.

R7 - Depois de alguns desafios e provocações, o que você achou do Wanderlei Silva ter pedido para enfrentar outro atleta antes de lutar com você?
Belfort - O que importa são os fatos. Ficou muito feio para ele pela maneira como ele me desafiou, como se colocou. Um atleta do nível dele falando daquele jeito...foi falta de respeito. Mas a língua dele voltou contra, ficou mal para ele. - Ele me desafiou, falou todas aquelas bobagens e, na hora que ia acontecer, falou que não estava preparado? Então não desafiasse, ficasse quieto. Pensar antes de falar é importante, mas a vida é assim.

R7 - Mudando de assunto, muitos fóruns especializados de MMA no Brasil estão comentando a boa fase do seu aluno Cezar “Mutante” Ferreira. Acha que ele está preparado para estrear no UFC?
Belfort - Ele está preparadíssimo, já treina comigo há oito anos. Costumo dizer que ele é a minha versão nova. Me lembra muito quando eu era mais novo, com mais maturidade e estabilidade. Hoje, graças a Deus, consigo trazer toda a experiência que eu adquiri para ele, e está dando certo. É um grande lutador, tanto que ele é o sparring principal do [Randy] Couture para esta luta contra o Lyoto.

R7 - Para terminar, quer mandar algum recado para seus fãs que o acompanham através do R7?
Belfort - Quero dizer que estou triste por não lutar no Rio, mas feliz por ter certeza que vai ser um sucesso. Farei questão de estar perto dos fãs. E peço a eles que entendam que o principal é torcer com integridade e respeito pelo próximo. Tudo que fazemos é apenas uma competição, tudo que plantamos, iremos colher.