Rumores de que traficantes invadiriam a Escola Municipal Josefa Silva Costa, no município de Satuba, levaram o estabelecimento de ensino a ser fechado nesta sexta-feira. A ameaça teria sido feita por meio de uma carta, endereçada à prefeitura e à direção da escola, que dizia que um estudante envolvido com o tráfico seria o alvo e ainda, que os bandidos atirariam nos demais alunos, a exemplo do que ocorreu em Realengo, no Rio de Janeiro, onde Wellington Menezes de Oliveira matou 12 crianças e deixou vários feridos.

Nesta quinta-feira pais foram buscar os filhos, com medo da ameaça se confirmar. Houve tumulto e discussão entre entre pais e funcionários da escola. Em contato com assessores do prefeito Titor a reportagem do Cadaminuto foi informada que o gestor municipal estava em Brasília. Eles não confirmaram a possibilidade do suposto atentado, mas o prefeito já teria se reunido com a cúpula de segurança do Estado e Ministério Público para pedir providências em relação à falta de segurança no município.

Viaturas da Polícia Militar realizaram rondas no município ontem e houve a determinação para fechar as secretarias e as escolas. Apenas a Escola Estadual Professor Manuel Gentil do Vale Dente funcionou hoje, com os portões fechados. Informações de moradores dão conta que o recado partiu de traficantes do Loteamento Nova Esperança.

Protesto


Estudantes do Instituto Federal de Alagoas (Ifal/AL) protestaram na tarde de ontem no município, alegando falta de segurança nas imediações da instituição. No ano passado, homens fortemente armados invadiram o Campus e assaltaram os alunos, que chegaram a fazer um abaixo-assinado, contendo cerca de 700 assinaturas e encaminharam para a prefeitura e para a polícia, mas não obtiveram resposta.


“Nós temos alunos que estudam em regime de residência, porém os que retornam para Maceió todos os dias ou precisam se deslocar até a cidade de Satuba são vítimas constantes de assaltos à mão armada”, contou o professor Alonso.


O professor disse ainda que alguns alunos já procuraram a Delegacia e a Prefeitura de Satuba, mas foram informados que não há efetivo policial para fazer a segurança nos arredores da instituição. A maioria dos estudantes sofreu represálias e preferiu não prestar queixas.