O atirador Wellington Menezes de Oliveira agiu sem ajuda de terceiros no massacre na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, no Rio de Janeiro, na última quinta-feira. A afirmação foi feira pelo delegado da Divisão de Homicídios (DH), Felipe Ettore, na tarde desta quinta-feira.
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Também nesta quinta, Manuel de Freitas Louvise, 57 anos, acusado de vender o revólver 38 utilizado pelo atirador, confessou à polícia que vendeu, além da arma, 77 munições e o carregador por R$ 1,2 mil em setembro de 2010. Segundo ele, Wellington disse que o dispositivo, registrado, era para sua segurança pessoal, pois iria morar em Sepetiba, considerado um lugar perigoso. Ele disse também que os dois trabalharam juntos em uma fábrica.
De acordo com o suspeito, o atirador disse a ele que rasparia a numeração e que ele não teria nenhum problema. Apesar do assassino ter cumprido o combinado, a perícia conseguiu identificar a numeração e localizar o dono. O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou ainda a prisão preventiva de Manuel. Outros dois homens já haviam sido presos, acusados de ter vendido o outro revólver, calibre 32, usado pelo jovem na chacina.
Atentado
Um homem matou pelo menos 12 estudantes a tiros ao invadir a Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, na manhã do dia 7 de abril. Wellington Menezes de Oliveira, 24 anos, era ex-aluno da instituição de ensino e, segundo a polícia, se suicidou logo após o atentado. O atirador portava duas armas e utilizava dispositivos para recarregar os revólveres rapidamente. As vítimas tinham entre 12 e 14 anos. Outras 18 ficaram feridas.
Wellington entrou no local alegando ser palestrante. Ele se dirigiu até uma sala de aula e passou a atirar na cabeça de alunos. A ação só foi interrompida com a chegada de um sargento da Polícia Militar, que estava a duas quadras da escola quando foi acionado. Ele conseguiu acertar o atirador, que se matou em seguida. Em uma carta, Wellington não deu razões para o ataque - apenas pediu perdão de Deus e que nenhuma pessoa "impura" tocasse em seu corpo.