“Houve mesmo o desejo de matar a todos”. Essa foi a afirmação de Fábio Calheiros em conversa com o advogado de defesa, Evaldo Campos, que o visitou nesta quarta-feira, 13, no Hospital da Polícia Militar – HPM.

Depois de conversar com a equipe médica, Evaldo Campos dialogou cerca de 15 minutos com Fábio, que revelou sua versão sobre o fato. O rapaz fala pouco, sente dores, mas está se recuperando. Ele afirmou que não houve confronto com a polícia.

“Eu ia com meu pai e meu primo para um churrasco lá na cidade de Tocatins, quando uma caminhonete emparelhou conosco e nos deflagraram vários tiros. Meu pai foi baleado na perna. Fizemos uma fuga, fiquei na casa de um amigo que ia me levar ao hospital, depois disso não lembro de mais nada”, revelou Fábio ao advogado.

Fábio garantiu a Evaldo Campos que não houve confronto e nenhuma ordem policial para que eles parassem o veículo. “Houve mesmo o desejo de matar a todos nós”, ressaltou o advogado.

A polícia Civil do Estado de Tocantins vai abrir um inquérito policial para apurar se houve tiroteio na cidade de Gurupi, a 245 quilômetros de Palmas, capital do Tocantins. Segundo a polícia, foi durante a fuga, ainda em Gurupi que Fábio foi ferido e deixado pelo pai em uma fazenda da região.

A Secretária de Segurança Pública de Sergipe já entrou em contato com a polícia de Tocantins para saber se alguém mais, além de Floro Calheiros, de Lucas Calheiros e do motorista Rafael Costa, mortos no último domingo, 10, estava na casa com eles