Ele tirou a maior nota na modalidade Tecnologia da Informação (TI) da Olimpíada do Conhecimento realizada em 2010, no Rio de Janeiro, após ter vencido a etapa estadual de São Paulo. E também foi o melhor no Worldskills Americas, no mesmo ano, tanto na categoria dele quanto na classificação geral, onde mediu os conhecimentos com estudantes das Américas do Norte, Central e do Sul.
Agora, o alagoano radicado em São Paulo, Paolo Hagi de Carvalho Bueno, 20 anos, quer ser o melhor do mundo. O jovem estudante do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial paulista (Senai/SP), do curso de Sistemas de Informação da USP e desenvolvedor de sistemas de um banco privado se prepara para representar o País na Worldskills Internacional, que acontece de 5 a 8 de outubro, em Londres.
E para disputar a medalha de ouro na maior competição de educação profissional do planeta, ele veio aprimorar os conhecimentos no Núcleo de Tecnologia (NTM) do Senai de Alagoas, que é considerado uma referência no Brasil.
O plano de treinamento é conduzido pelo coordenador do NTM e expert internacional, Robert Knowles, que conta com o apoio de dois “feras” na área de TI, o ex-aluno e hoje colaborador do Senai de Pernambuco Anderson Carlos Moreira Tavares, vencedor do Worldskills 2007 (Japão) e o alagoano Tiago Souza, medalha de ouro em 2009 (Canadá). O encontro com os campeões proporciona troca de experiências e motivação.
“É muito bom encontrar com os meus predecessores, além de visitar a terra em que nasci”, afirma Paolo, que fica em Maceió até esta quinta-feira (14). Em São Paulo, lugar onde mora desde que tinha um ano, ele tem uma rotina de dedicação ao trabalho, à faculdade e à preparação para a competição mundial que acontece a cada dois anos. “São quatro horas em cada atividade”, conta.
A organização é fundamental. Afinal, até Londres, ele ainda precisa passar por duas avaliações que serão realizadas no Distrito Federal e elaboradas pelo Departamento Nacional do Senai, para mostrar que está afiado e em condições de subir no pódio. “O garoto tem que tirar a nota mínima de 9,1”, esclarece Knowles, que acompanhará o jovem durante a preparação e a competição.
É um valor razoável para quem quer ir além do ouro e conquistar o primeiro lugar na classificação geral. Para atingir este objetivo, além de estudar muito, é preciso ter equilíbrio emocional, pois serão mil competidores, de 50 países e regiões do mundo, disputando medalhas em 45 áreas de ocupação.

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