A Justiça do Rio de Janeiro divulgou nesta terça-feira que os dois acusados de matar Plácido da Silva Nunes, fundador do restaurante Rei do Bacalhau, em 2007, serão submetidos a júri popular. O julgamento de Jackson Almeida Galo e Antonio Fernando da Silva, filho adotivo do empresário, ainda não tem data para acontecer.
Na decisão, o juiz Fábio Uchôa Pinto de Miranda Montenegro ainda manteve a prisão preventiva dos réus, pois, segundo ele, Antonio e Jackson demonstraram "intensa periculosidade". Fábio afirmou também que a dupla responde ou já foi condenada por outros crimes de homicídio envolvendo pessoas ligadas ao restaurante, assim como pelo fato de o crime em apuração ter sido praticado com extrema brutalidade. A vítima teve a garganta dilacerada.
"Embora os réus tenham negado os fatos que lhes são imputados, a prova oral coligida em juízo trouxe indícios suficientes da participação dos acusados no crime de homicídio, assim como insurgiram indícios do laudo de local, das declarações do acusado Jackson em sede policial e em Juízo (mídia própria), assim como das transcrições das interceptações telefônicas dos apensos", afirmou o juiz na decisão.
Segunda denúncia do Ministério Público do Rio, o acusado Antonio Fernando teria sido o mentor do crime e responsável pela contratação dos demais envolvidos. Jackson, de acordo com o MP, conduziu uma terceira pessoa, o executor do homicídio, no seu veículo até ao apartamento da vítima, ajudando-o, inclusive, a sair do local. Pelo crime, ele receberia R$ 10 mil. A motivação para o assassinato seria o interesse de Antonio em obter a propriedade integral do restaurante e receber o seguro de vida do pai.
Plácido da Silva Nunes, 75 anos, foi morto em 10 de setembro, no interior de seu apartamento, na rua Cambaúba, Ilha do Governador.