“Foram mais de 200 armas que saíram do fórum e voltaram às ruas”. A informação, passada por um funcionário do Fórum de Arapiraca com exclusividade a reportagem do Minuto Arapiraca, traz a tona talvez um dos maiores escândalos dentro do poder judiciário do município.

Por três dias, a reportagem tentou entrar em contato com responsáveis do Fórum, mas ninguém quis falar. Um funcionário que optou por não se identificar, contou a reportagem do Minuto Arapiraca que não foram apenas seis, mas sim, mais de 200 armas que sumiram do judiciário e que provavelmente estarão circulando pelas ruas de Arapiraca.

Militares presos

Na última quarta-feira (30), após depoimento do “dono” das armas encontradas pela Polícia Militar no bairro Cavaco, o jovem Jackson Costa, denunciou dois irmãos, Rosaldo Pedro da Silva e José Williams Pedro da Silva, ambos policiais militares, como facilitadores da saída das armas de dentro do fórum. A informação fez parte da delação premiada.

Um dos irmãos trabalhava como segurança de um juiz e o outro no próprio fórum. O mandado de prisão foi feito pela juíza da 5ª Vara Criminal, Eliane Augusta de Menezes Acioly.

Não somos culpados

Os militares foram presos e transferidos para sede do 3° Batalhão da Polícia Militar, onde horas depois seguiram para corregedoria de Maceió para prestarem esclarecimentos sobre o caso. Segundo informações colhidas pela reportagem do Minuto Arapiraca até o momento nenhum dos irmãos confirmou envolvimento no crime.

Opinião do comandante

Segundo o novo comandante do 3°BPM, apenas a justiça determinará se eles são ou não culpados. “Eles foram transferidos para Maceió e serão ouvidos pela corregedoria. Quem vai determinar se são culpados ou inocentes será a própria justiça. Vamos aguardar a apuração, para que possamos tomar nossa atitude”, falou Wellington Bittencourt.

Entenda o caso

No último dia 23 de março, a Polícia Militar apreendeu nove armas (três revólveres calibre 38 e seis pistolas calibre 380) na residência de Wilson Santos, que acusou o irmão, Jackson Costa, de ser o “dono” das armas.

No dia seguinte, o chefe da 4ª Delegacia Regional de Polícia, Jânio Vieira, contou que seis das nove armas haviam sido apreendidas e deveriam estar presas no Fórum de Arapiraca. Desde então, a PC começou uma grande investigação sobre o caso.