A comissão de sanções da ONU poderá agregar novos nomes à lista de membros do regime de Muammar Kadafi com bens congelados e proibidos de viajar, indicaram diplomatas nesta segunda-feira.

O coronel Kadafi e sua família fazem parte das 18 pessoas que estão proibidas de deixar o país e das 13 pessoas e cinco entidades cujos bens foram congelados por duas resoluções da ONU. O presidente da comissão de sanções, José Filipe Cabral, embaixador de Portugal na ONU, explicou que provavelmente seriam agregados novos nomes.

Membros da comissão já afirmaram que proporiam novos nomes, explicou Cabral no Conselho de Segurança. O líder do Conselho Nacional de Transição líbio, Mustafá Abdel Jalil, declarou em uma entrevista divulgada nesta segunda-feira por France 2 que Kadafi seria julgado na Líbia "depois da vitória" da oposição e completou que tinham uma "necessidade urgente de armas leves".

Líbia: de protestos contra Kadafi a guerra civil e intervenção internacional
Motivados pela onda de protestos que levaram à queda os longevos presidentes da Tunísia e do Egito, os líbios começaram a sair às ruas das principais cidades do país em meados de fevereiro para contestar o líder Muammar Kadafi, no comando do país desde a revolução de 1969. Mais de um mês depois, no entanto, os protestos evoluíram para uma guerra civil que cindiu a Líbia em batalhas pelo controle de cidades estratégicas.

A violência dos confrontos entre as forças de Kadafi e a resistência rebelde, durante os quais milhares morreram e multidões fugiram do país, gerou a reação da comunidade internacional. Após medidas mais simbólicas que efetivas, o Conselho de Segurança da ONU aprovou a instauração de uma zona de exclusão aérea no país. Menos de 48 horas depois, no dia 21 de março, começou a ofensiva da coalizão, com ataques de França, Reino Unido e Estados Unidos.