A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta quinta-feira no Diário Oficial da União (DOU) uma norma para aumentar o controle sobre a venda da Talidomida. O medicamento é usado no tratamento da hanseníase e pode acarretar em má-formação do feto quando usado por mulheres grávidas. De acordo com a resolução, a embalagem e o folheto explicativo destinado aos médicos deverá conter imagem de uma criança acometida pela Talidomida.

A resolução foi aprovada na segunda-feira, em Brasília, em reunião da Diretoria Colegiada da Anvisa (Dicol). O objetivo é ainda promover o uso seguro da substância e evitar o nascimento de crianças vitimadas pelo uso incorreto do medicamento. Para o diretor José Agenor Álvares, que apresentou a proposta, essa será uma das medidas relevantes para melhorar a orientação às mulheres que usam o medicamento.

"A mãe hanseniana tem o direito de ser bem instruída e ter uma gravidez saudável. Não podemos deixar essas famílias desprotegidas", ressaltou o diretor durante a votação da norma. Além disso, a notificação de reações adversas decorrentes do uso da Talidomida passe a ser obrigatória.

A resolução entra em vigor no prazo de 90 dias a partir da da publicação no DOU. Durante esse período, será submetida ao Conselho Nacional de Saúde, podendo sofrer ou não alguma mudança, conforme orientação do Conselho.