O Conselho de Governadores da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) vai se reunir nesta segunda-feira em Viena, em sessão extraordinária, para debater a situação de emergência nuclear gerada no Japão após o forte terremoto e o posterior tsunami do dia 11 de março.

O diretor-geral do organismo, o japonês Yukiya Amano, informará aos 35 Estados-membros do órgão executivo da Aiea sobre sua recente visita ao país japonês.

Segundo fontes ligadas à Aiea, a reunião terá como único objetivo a obtenção de mais detalhes sobre a situação na região da usina nuclear de Fukushima - que emana radioatividade devido aos sérios danos sofridos após o desastre natural.

A agência reconheceu neste domingo que nas últimas horas houve uma evolução positiva nos esforços para resfriar os seis reatores do complexo e evitar assim maiores danos, mas a usina segue liberando radiação, e não foram descartados riscos maiores.

"Houve episódios positivos nas últimas 24 horas, mas a situação continua muito grave", afirmou neste domingo Graham Andrew, assessor da Aiea.

Segundo o porta-voz do governo japonês, Yukio Edano, foram detectarados níveis de iodo radioativo acima do permitido no leite oriundo em quatro localidades da província de Fukushima e em espinafres da província vizinha de Ibaraki.

As autoridades também detectaram baixos níveis de iodo radioativo na água corrente de Tóquio e cidades próximas à capital, mas o governo reiterou hoje que não representam um risco para a saúde.