A Corregedoria da Câmara tentou na sexta-feira, pela terceira e última vez, notificar Jaqueline Roriz (PMN-DF) da investigação sobre as denúncias de recebimento de recursos ilícitos durante sua campanha em 2006, mas a parlamentar não foi encontrada.
Segundo a assessoria do corregedor, deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), nesta segunda-feira (21) a notificação será publicada no "Diário Oficial" da União. Com a publicação, começa a correr o prazo de cinco dias úteis para que Jaqueline apresente sua defesa escrita.
A deputada e seu marido, Manoel Neto, foram filmados recebendo dinheiro de Durval Barbosa, operador e delator do esquema de corrupção conhecido como mensalão do DEM.
Em nota divulgada no dia 14, a parlamentar admitiu ter recebido recursos não contabilizados e pediu licença médica por cinco dias.
Além da investigação na Corregedoria, Jaqueline vai enfrentar processo disciplinar no Conselho de Ética da Casa.
O presidente do colegiado, José Carlos Araújo (PDT-BA), já marcou para quarta-feira (23), às 14h30, sessão de abertura do processo contra a deputada.
No mesmo dia, o colegiado deverá designar um relator para o caso.
O processo disciplinar é resultado de uma representação do PSOL, que pede a cassação do mandato de Jaqueline.
Até que o processo seja instaurado, Jaqueline poderá renunciar para escapar da possibilidade de cassação.
Já o STF (Supremo Tribunal Federal) autorizou a abertura de inquérito contra a parlamentar.