A forte chuva que atingiu São Paulo na tarde desta sexta-feira atrapalhou os planos de membros do PSTU e da Conlutas, que organizaram uma manifestação contra a visita do presidente Barack Obama ao Brasil. Por volta das 18h, praticamente metade dos cerca de 50 manifestantes se protegiam da água embaixo de um ponto de ônibus da praça do Ciclista, na avenida Paulista. O carro de som, previsto para chegar às 17h, estava preso no trânsito.

De acordo com Luiz Carlos Prates, o Mancha, apesar de a chuva ter atrapalhado, os ânimos contra o "imperialismo americano" estavam mantidos. "Essa chuva não estava nos planos e o nosso carro de som ainda não chegou. Mas vamos permanecer aqui. Os Estados Unidos estão incomodando o mundo com invasões sangrentas no Iraque, no Afeganistão e agora na Líbia", diz.

Mancha, que foi candidato derrotado ao governo de São Paulo pelo PSTU, disse que em relação ao Brasil, seu partido teme que os benefícios sociais que o pré-sal poderia trazer ao País possam ser entregue aos americanos. "Ele (Obama) vem aqui com esse interesse. Temos de manifestar a nossa contrariedade contra isso. Chega de domínio americano", afirmou.

A decisão dos americanos em cancelar o discurso de Obama na Cinelândia, centro do Rio de Janeiro, foi considerada positiva por Mancha. "Eles perceberam que aquele é um local de lutas políticas e populares. Não tem nada a ver com o imperialismo. Não vai se perder nada", disse.

Faixas com os dizeres "fora tropas do Afeganistão e Iraque", "fora Obama do Brasil e do Chile", "Obama, não ponha as mãos na Líbia" e "todo apoio à resistência do povo Líbio" foram espalhadas pelo local.