As licitações que culminaram com a investigação do presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Barros Munhoz (PSDB), tiveram concorrência simulada, de acordo com o jornal Folha de S.Paulo. Elas foram vencidas por laranjas. As quatro licitações investigadas foram vencidas pela Conservias, empresa que tinha como sócia a dona de casa Joleide Ramos Lima. Ela afirmou ao jornal que "emprestou" sua assinatura para abrir a empresa, e que nunca tratou de temas relacionados a ela. Segundo Joleide, ela foi convencida a assinar os papeis pelo administrador da empresa, José Cardoso, amigo da família havia 20 anos e que já morreu.
Joleide também foi dona da empresa Coenter Construções Ltda., que participou de duas das quatro licitações, tendo sido derrotada. Na Coenter, ela tinha como sócio o marido, o pedreiro aposentado Orlando Lima. O deputado, acusado de participar do desvio de R$ 3,1 milhões da Prefeitura de Itapira (SP), diz que, à época, a empresa cumpriu todas as exigências e alega que os depósitos em sua conta são frutos de empréstimos e de sua atividade empresarial.