Um grupo de 15 técnicos que vai prestar orientação e assistência aos produtores beneficiados pelo Programa Alagoas Mais Peixe foi capacitado, nesta terça-feira (1º), pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri).

Eles são profissionais da própria Secretaria e também das usinas de cana-de-açúcar, que são parceiras do programa e cedem suas barragens para a implantação de tanques-rede e o cultivo de peixe da espécie tilápia.

A capacitação, que abordou os aspectos teóricos, com foco no objetivo do programa, como ele está funcionando, quais são suas etapas e quais os resultados esperados, ocorreu no Centro de Formação do Centro de Ensino e Pesquisas Aplicadas (Cepa), no Farol, em Maceió.

“Esse é apenas o primeiro grupo de profissionais. Depois, à medida que os módulos do Alagoas Mais Peixe forem sendo implantados, faremos a capacitação dos demais técnicos”, explicou o gestor do programa, o oceanólogo Ricardo Nonô.

No grupo que participou da capacitação, nesta terça-feira, estão engenheiros agrônomos, zootecnistas, técnicos agrícolas e assistentes sociais. “A segunda etapa da capacitação consiste numa prática de campo, que será realizada no dia 15 de março, na Cooperativa Pindorama”, informou o gestor Ricardo Nonô.

Ainda segundo ele, em outro momento haverá a capacitação das famílias incluídas no programa, que está dividido em módulos de 20 produtores, que devem trabalhar de modo associativo. “Os tanques, barcos, equipamentos e insumos fornecidos pelo programa devem ser usados de forma coletiva”, salientou Ricardo Nonô.

Parceria – Até agora, de acordo com o superintendente de Desenvolvimento Agropecuário da Seagri, são parceiras do Programa Alagoas Mais Peixe as seguintes usinas: Triunfo, Santa Clotilde, Coruripe, Pindorama, Seresta e Paísa.

“A piscicultura não atrapalha em nada a irrigação dos canaviais, e será uma alternativa para geração de renda aos trabalhadores que ficarem desempregados na época da entressafra da cana e também quando o corte passar a ser totalmente mecanizado”, detalhou o superintendente Edson Maruta.

“É determinação do governador Teotonio Vilela que os pequenos produtores recebam apoio para inclusão produtiva, e o Alagoas Mais Peixe é uma opção viável, que alia produção de alimento, ocupação, geração de renda e sustentabilidade”, disse o secretário de Estado da Agricultura, Jorge Dantas.

O Programa Alagoas Mais Peixe conta com recursos na ordem de R$ 1,8 milhão, oriundos do governo do Estado, e tem sua área de atuação na região canavieira, onde as usinas cederam as barragens para implantação dos tanques-rede. Alguns módulos também foram implantados em lagoas comunitárias, como a Lagoa Comprida, em São Brás; a lagoa do Povoado Pé Leve, em Limoeiro de Anadia; e a Lagoa do Retiro, em Junqueiro.