O Departamento de Economia do Sistema Fecomércio Minas realizou pesquisa sobre a efetivação de mão de obra temporária contratada para o final de 2010, os planos de uso dessa estratégia para as próximas datas comemorativas e a intenção de realizar novos investimentos. Do total de empresários entrevistados, 54,8% declararam que contrataram os empregados temporários para o Natal.

Metade das empresas realizou algum tipo de efetivação dos contratados temporários, sendo que 29,5% tornaram permanentes alguns dos temporários e 20,5% contrataram em definitivo todos os trabalhadores. Dentre aquelas empresas que não efetivaram funcionários, 39,4% afirmaram que o motivo principal foi o movimento não ter sido suficiente para justificar o aumento definitivo do quadro.

Os empresários afirmaram que estão encontrando dificuldades para contratar colaboradores (47%). A principal razão para isso é a falta de mão de obra qualificada (68,3%) e, em seguida, o desinteresse dos candidatos (31%).

A intenção de contratar temporários para a Páscoa e o Dia das Mães - as primeiras datas comemorativas do ano - ainda é pequena. Somente 28% dos entrevistados afirmaram que pretendem ter mais gente trabalhando especificamente nestes períodos. Dos 72% que disseram não ter a intenção de contratar, 52,5% acreditam que a equipe atual já é suficiente para atender à demanda. Segundo a coordenadora do Departamento de Economia do Sistema Fecomércio Minas, Silvânia Araújo, "os empresários que conseguiram no final do ano formar uma equipe assertiva, agiram de forma pró-ativa, se preparando para a força comercial das datas comemorativas do primeiro semestre", diz.

Investimento
A grande maioria das empresas tem planos de investimento para o ano (70,6%), demonstrando a expectativa otimista do empresário em relação aos negócios em 2011. Os investimentos serão realizados em primeiro lugar na diversificação do mix de produtos (27,6%). Em seguida, aparecem os planos para a abertura de filiais (17,2%) e, bem próximo, investimento em tecnologia (16,1%). Já a expansão física do atual ponto de vendas é pretendida por 14% dos entrevistados.

A pesquisa questionou ainda quais são os principais problemas do comércio varejista atualmente. Neste sentido, quatro questões somam 81% das respostas. A mais citada é a inadimplência, que preocupa quase um terço dos empresários (31,5%). Em seguida, os fatores apontados foram os juros altos (20,5%), a carga fiscal (15,2%) e a falta de profissionais capacitados (13,8%).