A crescente investida dos criminosos no ataque a caixas eletrônicos no Nordeste pode ter seus dias contados. O prognóstico não está associado apenas ao trabalho de repressão policial, mas ao uso de tecnologia. O Sistema de Proteção Inteligente para caixa eletrônico (AIPS), equipamento desenvolvido por empresa brasileira, pode impedir o sucesso dessa modalidade de crime na Região.

De acordo com a Arrowplan, empresa que desenvolveu a tecnologia, a garantia de eficácia do AIPS se baseia no uso de dispositivos pirotécnicos associados a componentes eletrônicos, que, numa fração ínfima de segundo, são acionados, destruindo parcialmente todas as notas contidas nos cassetes (gavetas internas do caixa eletrônico). “As notas queimadas perdem seu valor de face, mas, qualquer instituição bancária credenciada pode substituí-las no Banco Central”, conta.

O AIPS utiliza o conceito de dissuasão. “Ou seja, a impossibilidade de sucesso da investida criminosa elimina a atratividade dos ataques a essas máquinas, visto que a única certeza será a garantia de encontrar dinheiro queimado”, diz. A empresa destaca que a dissuasão é uma subparte da prevenção, sendo assim, é possível simultaneamente prevenir o crime e dissuadir o criminoso.

O uso do AIPS beneficiará também as seguradoras, tornando mais atrativo o mercado de caixas eletrônicos, em função da redução dos grandes riscos associados ao seu funcionamento atualmente. O equipamento vai funcionar como redutor direto de riscos de roubos. A Arrowplan informa que uma seguradora brasileira já elaborou uma apólice de seguro para essa tecnologia, cujo valor ficou significativamente mais baixo, quando comparado aos valores anteriormente pagos pelos usuários.