O projeto de divisão de solos em Arapiraca está gerando uma grande polêmica entre representantes do poder Público Municipal e Agricultores de comunidades que poderá com essa divisão se tornarem zona urbana de Arapiraca.


O projeto elaborado pela Prefeitura Municipal do município, através das secretárias de Desenvolvimento Urbano, Caroline Albuquerque, e de Planejamento, Helena Virgínia Moreira, já foi apresentado a Câmara Municipal de Arapiraca, mas devido à complexidade do projeto várias audiências públicas estão sendo realizadas nas comunidades rurais que poderão se tornar zona urbana.


A prefeitura pretende com esse parcelamento de solo, conseguir regularizar os inúmeros loteamentos irregulares em comunidades rurais de Arapiraca, e assim evitar o crescimento desordenado da cidade de Arapiraca.
Mas para o representante do Sindicato Rural dos Trabalhadores e Trabalhadoras rurais de Arapiraca, Geraldo Balbino o projeto pode prejudicar grandemente a categoria em Arapiraca, onde sua grande força está nos pequenos latifúndios.


Segundo Geraldo Balbino será muito difícil para esses agricultores conseguirem após a divisão de solos, conseguirem contratar financiamentos, ou participar de convênios rurais devidos suas comunidades se tornarem zona urbana.
Quando um projeto for relacionado para tal comunidade e a mesma já se encontrar no ministério das cidades como zona urbana com certeza aquele recurso será retido devido à comunidade agora não pertencer à zona rural de Arapiraca.


Um exemplo forte sobre o tema é a comunidade Rural de Bananeiras, onde há uma grande extensão rural da comunidade, e o projeto preverem torná-la uma área urbana da cidade que fica a 21 Quilômetros da Cidade, o que mostra que para os agricultores serão um grande prejuízo.


Para Balbino o interesse maior deste projeto são os empresários da construção civil de Arapiraca, que pretendem realizarem loteamentos nestas comunidades hoje rurais, e como ficarão os agricultores que já sofrem com a falta de apoio do próprio governo Municipal, onde com essa mudança poderão sofrer ainda mais com essa divisão.
Será necessário se discutir e muito o projeto e a Câmara Municipal de Vereadores serão cobrados por nossa comunidade Rural, queremos continuar trabalhando em nossas terras, se o município não fiscaliza os loteamentos irregulares na zona rural é uma questão de administração, agora querer resolver desta forma não irá contribuir com agricultura familiar da cidade, frisou (Geraldo Balbino).