O procurador-geral do Egito, Abdelmajid Mahmoud, decidiu neste sábado proibir o ex-primeiro-ministro Ahmed Nazif e o atual titular de Informação, Anas al Fiqi, de deixar o país, devido "às denúncias apresentadas contra eles".
Segundo informou a agência oficial "Mena", a proibição se estende também ao ex-ministro do Interior Habib el Adli, sobre quem já havia sido expedida uma ordem similar na semana passada.
Uma fonte da Justiça, citada pela agência, indicou que Mahmoud também ordenou o congelamento dos fundos de Adli e sua família por supostas denúncias que indicam que teria desviado mais de 4 milhões de libras egípcias (R$ 1,127 milhão) de uma construtora para sua conta pessoal.
A fonte revelou que está sendo fixada a data para a realização de uma sessão no Tribunal Penal do Cairo para confirmar essa decisão e também indicou que o procurador-geral invocou o Tratado da ONU de luta contra a lavagem de dinheiro, que estipula o direito de pedir ajuda jurídica aos países signatários, para adotar medidas que permitam recuperar os bens e fundos obtidos por delitos de corrupção.
De acordo com esse tratado, Mahmoud solicitou ao ministro das Relações Exteriores, Ahmed Aboul Gheit, que peça através dos diplomatas de alguns países europeus que congelem as contas bancárias de Adli e do magnata Ahmed Ezz, braço direito do filho mais novo de Mubarak, Gamal, no partido governista.