O promotor de Justiça de Porto Calvo, Sérgio Eduardo Simões cobrou do governo do estado o início das obras de reconstrução das casas e prédios públicos destruídos pelas enchentes do ano passado. O promotor chamou o secretário de infra-estrutura, Marcos Fireman de desinformado, porque o mesmo alegou em entrevista a rádio CBN que as obras estão embargadas pela Justiça.
O Ministério Público questionou os altos valores da avaliação, realizada pela Serveal, da área a ser desapropriada. O hectare foi avaliado em R$ 35 mil, quando na região o valor real de mercado é de R$ 6 mil.
O promotor disse que na ação da Justiça foram questionados os valores, mas não há nenhum impedimento para que a obra seja realizada. Enquanto isso, existe a ameaça do ano letivo nas escolas municipais não ser iniciado, porque todos os prédios públicos localizados às margens do rio Jacuípe foram condenadas pela Defesa Civil, entre eles as escolas. Todas deverão ser reconstruídas na área ao lado da outra que está sendo questionada na justiça.
Este fato teria motivado a Serveal a se negar a realizar uma nova avaliação, condicionando o andamento das obras à solução do processo anterior. Esta decisão da Serveal foi considerada muito estranha pelo promotor de justiça, Sérgio Eduardo Simões, que vai pedir explicações ao presidente da Serval, que por enquanto, não está sendo processado.
A situação se agrava porque o prazo para o início das obras acaba no final deste mês e o governo federal já disponibilizou R$ 3 milhões para a reconstrução de Jacuípe. “A justiça não vai permitir que os alunos nem a população de Jacuípe seja prejudicada. Vamos cobrar do governo uma posição”, finalizou o promotor.