A Secretaria Estadual de Saúde informou que o número de casos suspeitos de dengue dobrou no Estado do Rio no mês de janeiro em comparação ao mesmo período de 2010. No ano passado, foram registrados 1.447 casos, já este ano foram notificados 3.069.

Entre 2 de janeiro e 5 de fevereiro de 2011 foram notificados 3.582 casos suspeitos de dengue no Estado. Destes, 1.473 (41,1%) foram classificados como dengue clássica, 155 (4,3%) casos de dengue com complicação, 28 (0,8%) casos de febre hemorrágica por dengue e um (0,03%) como síndrome do choque por dengue. Ainda há seis mortes suspeitas sob investigação.

"Esse estado de alerta significa que o sistema está sensível o suficiente para captar os casos de dengue. Os serviços de saúde têm que estar atentos para pessoas com sinais e sintomas específicos como febre e dor no corpo. É para divulgar que nessa época do ano todos têm que pensar na possibilidade de dengue para a gente evitar casos graves e mortes", disse à Folha o superintendente de vigilância ambiental e epidemiológica da Secretaria estadual de Saúde, Alexandre Chieppe.

A morte mais recente provocada pela doença no Estado foi de uma menina, Laís Melo Miranda Soares, que morava em Itaboraí, na região metropolitana do Rio. Ela foi enterrada na última terça-feira (8), dia que completaria 10 anos de idade.

Laís estava internada havia um mês em Niterói, região metropolitana, e, segundo os médicos, já chegou em estado grave ao hospital e não resistiu às complicações da doença. A Secretaria Estadual de Saúde afirmou em nota que a morte de Laís foi computada nos dados do ano passado, já que ela adoeceu em dezembro.

Segundo superintendente, a Secretaria Estadual de Saúde tem uma equipe que se desloca para localidades de maior risco ou onde há casos mais graves, que fazem uma avaliação e intensificam as ações de combate ao mosquito em complemento às ações desenvolvida pelos municípios.

"A gente tem alguns municípios com um aumento de casos agora como Magé e São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Mas ainda não configuram uma epidemia. Está dentro do limite que nós consideramos esperado para o ano. Os municípios da Baixada preocupam mais por conta da densidade populacional. É uma preocupação maior devido a possibilidade de maior número de casos nesses locais", disse o especialista.

De acordo com Chieppe, as ações de aplicação de larvicida e inseticida são medidas de exceção e que o mais importante é que a população se conscientize de que precisa combater os focos em suas casas.

A Secretaria Municipal de Saúde ainda informou que começa nesta quinta-feira uma ação de combate à dengue no entorno do Sambódromo, no centro do Rio. As ações também vão acontecer, até o Carnaval, na rodoviária Novo Rio, nos aeroportos e no cais do porto.