O ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, afirmou nesta sexta-feira que o governo está analisando todo os 12 mil itens da balança comercial brasileira para definir sobre quais produtos deve elevar a alíquota de importação. A data para divulgação dessas medidas ainda não foi definida, já que o processo de análise é demorado.
O governo quer aumentar essas taxas para proteger o país do aumento das importações, que têm afetado vários setores, a exemplo dos segmentos de calçados, eletroeletrônicos e produtos têxteis.
De acordo com Pimentel, a elevação da alíquotas não será feita num setor inteiro e sim, pelos itens mais afetados. "Não vamos fazer tratamento por atacado. Vamos olhar item por item e aí aplicar as taxas permitidas pela OMC [Organização Mundial do Comércio]", declarou.
A atual legislação da OMC diz que os países podem ter uma taxa de importação de até 35% para itens de sua pauta de comércio exterior.
O ministro defendeu que a prática não significa que o país vai aderir ao "protecionismo".
"Nós teremos uma prática de defesa comercial, como todos os países têm", afirmou, após reunião em São Paulo com empresários para discutir inovação.
O Ministério do Desenvolvimento está a frente do plano "de defesa comercial", mas segundo o ministro, a palavra final sobre a alta das alíquotas será da Camex (Câmara de Comércio Exterior).