Os servidores da saúde do município de Marechal Deodoro realizam um ato durante todo o dia. O protesto é contra a prefeitura da cidade, que aumentou os salários dos médicos em 40%, deixando o restante dos profissionais de fora do reajuste, apesar de firmar o compromisso de promover os acréscimos para todas as categorias.

Os trabalhadores anunciam que a paralisação de hoje é uma advertência, e se a prefeitura não se manifestar, a categoria declara o movimento de greve, que deve durar pelo menos três dias. Por conta do ato, todos os serviços do Programa de Saúde da Família (PSF) e da Maternidade do município estão suspensos. A unidade 24 horas está atendendo com apenas 30% do pessoal.

Os profissionais decidiram suspender o atendimento após a realização de várias audiências entre os profissionais enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem, agentes de saúde e endemias e vigilância sanitária com os secretários de Saúde, Administração e Finanças, que apesar da apresentação da pauta com dez itens, nada foi atendido.

Os serviços são precários, falta equipamentos e a falta de segurança expõe os profissionais, ameaçados constantemente. “Sabemos que os hospitais da cidade trabalham sem médico e enfermeiro, deixando toda a responsabilidade por conta dos auxiliares e técnicos de enfermagem. Não que eles não tenham competência, mas é uma questão de atribuição profissional. O prefeito é negligente com a saúde dos cidadãos e a população precisa ter conhecimento da realidade da cidade, conhecendo também quais são as competências de cada servidor de uma equipe de saúde”, salientou o presidente do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem, Mário Jorge Filho.

O Movimento Unificado dos Trabalhadores de Marechal Deodoro elaboraram um documento, enviado ao prefeito da cidade, Cristiano Matheus. No ofício, a categoria pediu uma reunião com o prefeito, para debater as pautas já apresentadas aos gestores do município.