Seria apenas mais uma mensagem recebida no celular se não trouxesse a informação de que um crédito referente a um empréstimo estaria disponível na manhã desta segunda-feira, 31, em sua conta bancária. O caso aconteceu com Edvaldo Barbosa Calheiros, cliente do Banco do Brasil que teve um empréstimo no valor de R$ 2.500 efetivado em sua conta bancária.

“Eu recebi uma mensagem no celular quando chegava a Penedo e verifiquei já em casa que setratava de um comunicado do banco informando que o meu crédito estaria depositado na manhã desta segunda. Fato que chamou minha atenção já que eu não tinha nenhuma programação financeira”, disse Edvaldo.

Atento e preocupado com a mensagem, o cliente verificou logo no início da manhã se o empréstimo realmente teria entrado em sua conta e, para sua surpresa descobriu que o valor havia sido creditado e um valor de R$ 1.970,90 (Hum mil novecentos e setenta reais e noventa centavos), transferidos para uma conta em nome de Gilberto Alves.

Ao procurar a agência Edvaldo Calheiros foi informado que foi vítima de um crime virtual, quando hackers conseguiram proceder o pedido de empréstimo em sua conta e posteriormente transferir de forma criminosa o valor. O cliente foi informado que não sofrerá nenhum tipo de prejuízo sendo ressarcido por qualquer dano que lhe fosse causado. Ainda de acordo com Edvaldo os procedimentos legais já foram adotados pelo banco que denunciou o fato às autoridades competentes.

Hacker ou Cracker?

Originário do inglês, o termo hacker é utilizado no português. Os hackers utilizam todo o seu conhecimento para melhorar softwares de forma legal. Eles geralmente são de classe média ou alta, com idade de 12 a 28 anos. Além de a maioria dos hackers serem usuários avançados de Software Livre como os BSD Unix (Berkeley Software Distribution) e o GNU/Linux. A verdadeira expressão para invasores de computadores é denominada Cracker e o termo designa programadores maliciosos e ciberpiratas que agem com o intuito de violar ilegal ou imoralmente sistemas cibernéticos.

Crimes Virtuais

Segundo um estudo realizado em 2010 pelo Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil, as fraudes na internet cresceram 6.513% no país entre 2004 e 2009. De acordo com a Polícia Federal as quadrilhas que praticam crimes virtuais não precisam mais de gênios dos computadores para roubar senhas e aplicar golpes.

Em alguns casos os criminosos mandam e-mails para as vítimas ou criam sites falsos, sendo que ao clicar nos locais que são montados como uma verdadeira armadilha virtual, é instalado sem que a pessoa saiba e quando o usuário clica nesses locais, instala um programa que registra tudo o que é digitado no teclado. Outra forma muito usada pelos criminosos é recriar a página de uma loja virtual, nesses casos quando o cliente digita o número do cartão de crédito, os dados são enviados diretamente para o criminoso. O site pirata acessa a página real, informando a compra. O cliente recebe o produto normalmente, sem saber que o sigilo foi violado.

Cabe lembrar que como os bancos estão muito bem protegidos contra os crimes virtuais as quadrilhas partem então para o elo mais fraco que são os clientes. Os dados mais recentes divulgados pela Federação Brasileira de Bancos – Febraban, referente aos crimes virtuais são de 2005 quando cerca de R$ 300 milhões foram roubados pela internet.