Pesquisadores americanos criaram uma lente de contato que projeta imagens direto na retina de quem a usa. Quando não está sendo usada, ou mesmo nas partes sem imagens, a microtela é transparente, permitindo seu uso cotidiano sem a necessidade de colocar e remover as lentes a todo o momento.

O uso para as lentes são em aplicações de realidade aumentada, nas quais que imagens do mundo real são mescladas com dados obtidos por meios digitais automaticamente. Assim, instruções poderiam ser passadas a um motorista sem que ele precisasse desviar a atenção do tráfego, ou um soldado poderia receber dados do campo.

Babak Parviz, da Universidade de Washington, já criou uma aplicação mais simples e mais prática com este invento: um programa que monitora diabetes e pressão ocular, dando alertas ao paciente e coletando dados durante o dia para que o oftalmologista pudesse consultar a evolução da doença no decorrer do dia. Segundo a New Scientist, uma aplicação comercial deste sensor já está disponível desde setembro na Europa, mas sem a telinha da Universidade de Washington.

A comunicação entre lente e computador é um problema à parte: como fios ligados ao globo ocular certamente seriam muito incômodos, imagens são enviadas às lentes pela a tecnologia NFC - usada em etiquetas RFID e no celular Nexus S do Google. O mesmo ocorre no caso dos sensores que enviam os dados do globo ocular para os registradores.

Mas nem tudo é perfeito: a antena que se comunica com a lente precisa ser colocada no rosto do paciente, o que provavelmente atrapalharia. O olhar biônico resultante dos circuitos no olho também não deve agradar muito.