Uma ‘ambulância cidadã’, viatura repassada às prefeituras pelo governo estadual para atender a população alagoana, negou-se a prestar socorro às vítimas de um acidente ocorrido na rodovia BR 101. A omissão do veículo entregue ao município de São Brás foi denunciada nesta quinta-feira, 13, durante o programa Vida Real (Rádio Penedo FM/97,3 MHZ e www.penedofm.com.br).
Uma ouvinte que se identificou como Adília e residente em Porto Real do Colégio, cidade vizinha de São Brás, telefonou para a emissora líder em audiência na região do Baixo São Francisco para denunciar o caso. Os ocupantes de um Renault Mégane que seguiam em direção ao Rio Grande do Norte saíram da pista com o veículo que foi parar dentro de uma lagoa, acidente registrado por volta das 17 horas de terça-feira, 11, nas imediações do acesso ao município de Igreja Nova.
A notícia publicada em primeira mão pelo portal de notícias aquiacontece.com.br (Quatro acidentes na BR 101 em pouco mais de 12 horas/Editoria Alagoas – confira link abaixo) ganhou maior dramaticidade com a denúncia da ouvinte.
“O motorista fez uma ultrapassagem errada, o carro saiu capotando e caiu numa lagoa, o pessoal foi entrando e mergulhando, tirando o pessoal com vida. Tinha uma senhora gritando muito, com dores, e na hora foi passando uma ambulância de São Brás, uma ambulância cidadã, a gente pediu socorro a essa ambulância, ela parou e o rapaz se negou a prestar o socorro porque falou que era de outro município”, declarou Adília ao apresentador do “Vida Real”, Luiz Carlos Oliveira.
“Graças a Deus ninguém saiu gravemente ferido, não teve vítima”, ressaltou a ouvinte, indignada com a omissão do socorro. A reportagem do aquiacontece.com.br manteve contato com a Islane Cristina Santos, diretora do Hospital Dr. José Wanderley Neto, unidade de saúde pública de São Brás que recebeu a ambulância cidadã. Ela conversou com o motorista que estava a serviço na última terça e o condutor declarou que transportava uma paciente que havia parido em Arapiraca e que ela vomitava muito.
O motorista identificado como Cristiano disse ainda para Islane que informou sobre a ocorrência ao passar por Porto Real do Colégio, conforme disse aos populares que o pararam na BR 101. Apesar das justificativas, a diretora da unidade de saúde acha que a omissão “não poderia ter acontecido” e que o caso foi informado à secretária municipal de Saúde, Cícera Cristina Costa Borges.
