O nível de atividade econômica cresceu pelo sexto mês consecutivo em novembro deste ano, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (12) pelo Banco Central. No mês retrasado, informou a autoridade monetária, o Índice de Atividade Econômica do BC, o IBC-Br, somou 140,87 pontos e avançou 0,42% sobre o mês anterior (140,28 pontos - dado revisado).

IBC-Br
O IBC-Br é um indicador criado para tentar antecipar o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) e ajudar a autoridade monetária na definição da taxa básica de juros (Selic). O Banco Central explicou que o IBC-Br "constitui uma medida antecedente da evolução da atividade econômica".

Antes divulgado por estados, e por regiões, desde o início deste ano o indicador passou a ser calculado com abrangência nacional.

O índice do BC incorpora estimativas para a agropecuária, da indústria e do setor de serviços, além dos impostos.

"A estimativa do IBC-Br incorpora a produção estimada para os três setores da economia acrescida dos impostos sobre produtos, que são estimados a partir da evolução da oferta total (produção+importações)", explicou o Banco Central, por meio do relatório de inflação de março.

Definição dos juros
O IBC-Br é uma das ferramentas utilizadas pelo Banco Central para definir a taxa básica de juros da economia brasileira. Atualmente, os juros básicos estão em 10,75% ao ano. A taxa foi mantida estável pela terceira reunião consecutiva do Copom no início de dezembro.

A próxima reunião do Copom está marcada para a próxima semana e já será comandada por Alexandre Tombini, indicado pela presidente eleita Dilma Rousseff para chefiar o Banco Central. A expectativa do mercado financeiro é de que os juros avancem para 11,25% ao ano no encontro.

Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), a previsão do mercado para 2011 está em 5,34%. Deste modo, a estimativa dos analistas ainda está acima da meta central de inflação de 4,5% para este ano, mas dentro do intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo (entre 2,5% e 6,5%).