O diretor da Unidade de Emergência Doutor Daniel Houly, José Karlisson Valeriano, fez um balanço positivo das atividades desenvolvidas por aquela unidade no ano de 2010. Segundo ele, apesar das dificuldades encontradas, a UE do Agreste se transformou num patrimônio da cidade de Arapiraca, uma vez que os servidores daquela unidade “dão o sangue” para salvar vidas.
Valeriano falou ainda sobre a grande expectativa em torno da triplicação daquela unidade, cuja primeira etapa está prevista para ser concluída ainda este ano. De acordo com o diretor, o primeiro módulo está previsto para ser inaugurado em março, enquanto o segundo para agosto. Entre as principais mudanças estão o acesso à emergência, que deixará os fundos para a frente da unidade. A outra, talvez a mais importante, será a triplicação do número de leitos, passando dos atuais 38 para 120 leitos.
Outra preocupação apresentada pelo diretor da unidade é o grande número de pacientes que dão entrada vítimas de traumas causados por acidentes motociclísticos em Arapiraca. “Em 2005 recebíamos uma média de 9 a 10 vítimas de acidentes de motos por dia. No ano passado [2010] essa média subiu para 17 a 18 entradas diárias. Cabe às autoridades locais intensificarem os trabalhos de fiscalização e educação no trânsito, antes que essas estatísticas cresçam ainda mais”, alertou Valeriano.
Sobre a entrada de pacientes vítimas de tiros, facadas ou pauladas, o diretor relatou dados preocupantes. “Os casos de pessoas feridas por arma de fogo, arma branca ou vítimas de espancamento ou pauladas já registra uma média de 1 a 2 casos por dia em cada uma dessas modalidades criminosas”, disse.
No ano de 2010, a Unidade de Emergência do Agreste registrou a entrada de mais de 43 mil pacientes. Dezembro foi o mês onde foi registrado o maior número de entradas do ano, com 4.106.
Questionado sobre a presença de pacientes nos corredores da unidade, Karlisson Valeriano disse que todos são tratados de forma igualitária. “Os pacientes que ficam no corredor recebem os mesmos cuidados e atenção recebidos pelos pacientes que ficam nas enfermarias. A UE foi construída pequena para atender Arapiraca e outras dezenas e municípios. Tenho convicção que esse será o último ano que teremos pacientes nos corredores, uma vez que a triplicação resolverá o problema, assim como a reativação do Hospital de Santana do Ipanema, que terá papel fundamental na região sertaneja”, frisou o diretor.
“Salvar vidas ou diminuir seqüelas após choques, tiros, atropelamentos e outras ocorrências não custa barato. Na UE temos os melhores profissionais do Estado. Todos os pacientes são tratados de forma igualitária e a Unidade oferece todo o seu potencial, independente de posição social ou financeira. Tem pacientes que chegam a fazer três ou mais tomografias. Cada exame deste tem um custo aproximado de R$ 400”, alegou Valeriano.