O juiz da Comarca de Anadia, Willamo de Omena Lopes, determinou que todos os objetos retirados da capela Nossa Senhora do Sagrado Coração, localizada no povoado Chã do Brejo, zona rural do município, sejam devolvidos num prazo de até 90 dias.
A determinação foi dada na manhã desta quarta-feira (5), durante uma audiência realizada no Fórum local, onde estiveram presentes o padre Niraldo (pároco local), o ex-administrador da capela, Givaldo Marques, além do juiz da Comarca e do promotor Maurício Amaral Wanderley.
Revoltado por ter sido afastado pelo pároco local da administração da capela, o líder comunitário Givaldo Marques tomou uma atitude extrema na manhã da última terça-feira (4). Givaldo retirou praticamente tudo o que havia no interior do templo, alegando que os bancos, imagens sacras e até as portas, janelas e o fôrro haviam sido conquistados por conta de seu esforço ao longo dos últimos 10 anos em que administrou o templo.
De acordo com o juiz Willamo Lopes, durante a audiência Givaldo pediu desculpas várias vezes e disse que agiu pela emoção, se comprometendo em devolver tudo o que retirou da capela, inclusive realizar os reparos nos locais que foram danificados. O padre Niraldo, por sua vez, lamentou o episódio, mas concordou com o que foi firmado.
Caso o acordo seja descumprido, Givaldo Marques poderá ser punido judicialmente. “Se ele não cumprir o que foi acordado, a Igreja poderá representá-lo e isso deverá gerar uma punição, que poderá ser desde a prestação de serviços comunitários até a doação de cestas básicas”, afirmou o juiz.
Do templo só restaram as paredes e o telhado. A movimentação da imprensa e, principalmente, de curiosos mudou a rotina da pacata comunidade Chã do Brejo.
