As cesarianas representam 54,2% de todos os partos realizados na região Sudeste. O índice, divulgado nesta terça-feira (14) pelo Ministério da Saúde e que se refere a 2007, é quase quatro vezes maior que o indicado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), que é de até 15%. Em 2000, o número já era alto (46,3%) e não para de crescer.

Questões econômicas e sociais são os principais fatores que fazem o número de cesarianas ser tão alto no país. Em junho, especialistas disseram ao R7 que a comodidade da mulher brasileira é uma das principais causas desse exagero.

De acordo com a pesquisa, a proporção de cesarianas aumentou de 38% para 47% em todo o Brasil entre 2000 e 2008, com importante variação regional.

A região Centro-Oeste é a segunda com maior taxa de cesarianas. Em 2007, 52,9% dos partos ocorridos na região foram cesáreos, enquanto em 2000 eram 43,1%. A região Sul está na terceira colocação, com 52,8% em 2007, ante os 42,1% de 2000, um aumento de mais de dez pontos percentuais.

Norte e Nordeste são as regiões com as menores taxas. Entre todos os partos ocorridos no Nordeste em 2007, 36,4% foram cesáreos, ante 25,5% em 2000. No Norte, o índice chegou a 35,3% em 2007, enquanto em 2000 era de 27,4%.

Mais aderem ao pré-natal

Entre 2000 e 2007, houve um aumento da proporção de mães que passam por sete ou mais consultas de pré-natal. O índice passou de 44% para 56%. O acompanhamento é fundamental para garantir uma gravidez saudável e de baixo risco. Mulheres brancas são as que mais aderem (71%), ante 50% das negras e 16% das indígenas.

 

No Sul e Sudeste, essa taxa passou de 52% (em 2000) para 69% e 72%, respectivamente, em 2007. No Centro-Oeste, de 51% para 62%. No Nordeste e Norte, foram detectadas as menores variações, com aumento de 31% para 40%, e de 25% para 31%.