Os republicanos do Senado ameaçaram prorrogar o voto de ratificação do tratado Start de desarmamento nuclear entre os Estados Unidos e a Rússia, nesta quarta-feira, motivando acusações de politicagem por parte dos democratas e da Casa Branca.
O líder da maioria democrata, Harry Reid, lamentou que os republicanos quisessem que o tratado, assinado em abril, fosse lido em voz alta, e expressou confiança que o debate comece ainda nesta quarta-feira.
A leitura no plenário seria, de acordo com Reid, uma "colossal perda de tempo" em momentos que o Congresso tem uma congestionada agenda legislativa antes do recesso das festas de fim de ano.
Reid afirmou na terça-feira que conta com os 67 votos necessários de um total de 100 - dois terços do Senado, como requer a Constituição - para que o acordo seja ratificado.
Seu porta-voz, Jim Manley, disse aos jornalistas que uma demora na ratificação de Start só beneficia os "terroristas que querem acesso a armas nucleares".
"Cada dia de atraso é um dia adicional que os terroristas têm a disposição para obter uma arma nuclear. Mas esta pequena minoria de senadores republicanos prefere seguir com seus jogos em vez de permitir que nossos inspetores cheguem à Rússia", disse Manley em comunicado.