A queda de dois balões em Boituva (SP), no dia 30 de outubro deste ano, pode ter sido causada por um fenômeno meteorológico raro, segundo o delegado Silvan Renosto, que investiga o caso. Duas pessoas morreram e 13 ficaram feridas com os acidentes. O inquérito deve ser finalizado em fevereiro do próximo ano.
Um laudo da Confederação Brasileira de Balonismo foi entregue à Polícia Civil nesta semana e aponta que os balões não tinham problemas técnicos, estavam com a manutenção e documentação em dia e em perfeitas condições de voo. Além disso, os pilotos estavam habilitados para a função.
O laudo indica também um relatório meteorológico, que aponta que havia previsão da chegada de uma frente fria, trazendo chuva e vento, mas os balonistas foram surpreendidos por um fenômeno "pré-frontal", que chegou antes da frente fria e causou ventos fortes, que levaram à queda dos balões.
Segundo o delegado, na próxima semana deve ser concluído o laudo do Instituto de Criminalística da Polícia Civil que verificou as condições dos balões e os locais da queda, além de um relatório do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). Cerca de 25 pessoas já prestaram depoimentos, mas ainda faltam algumas entrevistas.
As 13 pessoas que ficaram feridas na queda dos dois balões já tiveram alta hospitalar, mas algumas delas ainda fazem tratamentos para se recuperar das lesões, segundo Renosto.
– Tive que ir para delegacias de São Paulo ouvir algumas testemunhas, pois ainda usam muletas e não podem ficar muitas horas longe de casa por conta do tratamento.
O delegado informou que até o momento ninguém foi indiciado pelo acidente. E que o inquérito será finalizado após o depoimento de uma pessoa que estava em um dos balões, mas está fora do país.
– A previsão é que essa testemunha retorne ao país em janeiro, com isso, o inquérito deve ser concluído até fevereiro.